A aldeia de Snir tem como objectivo preparar os soldados israelitas para a guerra urbana, incluindo o combate subterrâneo, disse esta segunda-feira o brigadeiro Einav Shalev à imprensa israelita, citada pela PressTV.
O centro de treino será suficientemente grande para permitir a passagem de tanques e terá um comando e um quartel-general simulados do movimento de resistência libanês Hezbollah, bem como edifícios residenciais, mesquitas e edifícios públicos.
Um militar israelita de alta patente, que falou sob anonimato, disse que o Exército espera ter a «aldeia» pronta no final do próximo ano e que outras três instalações do género serão construídas nos anos seguintes.
«[Snir] é uma aldeia libanesa, e mostra-nos o desafio libanês, que é cada vez maior... Na aldeia, haverá gente a actuar como combatentes inimigos, próximos das ameaças que esperamos encontrar por parte do Hezbollah no próximo conflito», disse o oficial.
Tensão crescente
Na Síria, onde o Hezbollah combate os grupos terroristas ao lado do governo de Damasco, a aviação israelita já atacou por diversas vezes as forças do movimento libanês. E em Fevereiro deste ano o ministro israelita dos Serviços Secretos, Yisrael Katz, afirmou que todo o território libanês seria um alvo caso o Hezbollah atingisse Israel.
O presidente do Líbano, Michel Aoun, disse que qualquer tentativa de violação da soberania do país enfrentaria a «resposta devida». Por seu lado, Naim Qassem, vice-secretário-geral do Hezbollah, sublinhou, no mês passado, que «o alto nível de prontidão das defesas» do movimento de resistência «impediu até agora Israel de lançar uma nova ofensiva contra o país», e acrescentou que, se tal vier acontecer, «é certa a derrota» de Israel, revela a PressTV.
Recorde-se que, nas guerras de 2000 e 2006, o movimento de resistência islâmica infligiu pesadas derrotas às forças militares israelitas. Na guerra dos 33 dias, no Verão de 2006, cerca de 1200 civis libaneses perderam a vida e mais 4500 foram feridos, mas a resistência libanesa prevaleceu.
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