De acordo com a organização sem fins lucrativos Gun Violence Archive, no ano em curso, até 9 de Maio, houve 208 incidentes em que quatro ou mais pessoas, além do atacante, foram atingidas a tiro nos Estados Unidos.
Na sua conta de Twitter, o organismo destaca que o país norte-americano chega ao tiroteio número 200 de forma cada vez mais rápida. Este ano, foi a 6 de Maio e, nos anos anteriores (2022 e 2021), em meados do mesmo mês.
Em 2020 e 2019, o 200.º tiroteio massivo registou-se na segunda quinzena de Junho, e, entre 2016 e 2018, no final de Julho.
Mais de metade dos adultos norte-americanos (54%) afirmam que eles ou algum familiar sofreram algum tipo de violência armada, revela um inquérito publicado esta terça-feira. A pesquisa (e o relatório) ontem divulgado pela organização não governamental KFF sublinha que «as experiências de incidentes relacionados com armas de fogo são comuns entre os adultos norte-americanos». Um em cada cinco dos inquiridos (21%) disse ter sido ameaçado com uma arma e uma percentagem semelhante (19%) afirmou que um parente faleceu por causa das armas (incluindo morte por suicídio). Um em cada seis (17%) disse já ter visto pessoalmente alguém ser atingido a tiro. Detroit, Cleveland, Filadélfia e Los Angeles estão entre as dez urbes «mais carentes» do país, com índices de exclusão e pobreza. Já a Ucrânia, se fosse um estado dos EUA, seria o 11.º a receber mais fundos. Grandes cidades como Detroit, Cleveland, Filadélfia e Los Angeles encontram-se entre as dez «mais necessitadas» nos Estados Unidos, revelou o diário The Hill, tendo por base um relatório realizado pelo portal de finanças WalletHub. O estudo classificou 182 cidades norte-americanas tendo em conta 28 indicadores económicos, que incluem pobreza infantil, pobreza, insegurança alimentar, população sem-abrigo, qualidade habitacional, entre outros. Detroit, onde um em cada cinco inquilinos foi despejado ao longo deste ano, ocupa o primeiro lugar na lista de cidades que precisam de maior ajuda, refere a fonte. Segue-se a cidade de Brownsville (estado do Texas), onde um quarto da população vive em situação de pobreza, «o dobro da média nacional», e Cleveland, onde a taxa de pobreza se situa nos 29% (tornando-a, depois de Detroit, a segunda cidade grande mais pobre do país norte-americano). O número de cidadãos norte-americanos que têm dificuldades em pagar as contas é hoje maior do que no pico da pandemia de Covid-19, em 2020, revela o Gabinete de Censos dos EUA. A percentagem que declara estar a ter dificuldades para pagar as suas despesas ultrapassou os níveis registados no pico da Covid-19, há dois anos, revela uma pesquisa da entidade responsável pelos censos (US Census Bureau), sublinhando o peso financeiro dos aumentos de preços nos orçamentos familiares. Na pesquisa, realizada no final de Junho e no início deste mês, quatro em cada dez adultos afirmam que tem sido algo ou bastante difícil cobrir as despesas domésticas habituais. É o número mais elevado de cidadãos que expressam dificuldades desde que o Censo começou a colocar a questão, em Agosto de 2020, indica o portal bloomberg.com. Cerca de 1,5 milhão de nova-iorquinos recorrem aos bancos alimentares para conseguir sobreviver. A pandemia agravou a desigualdade e a pobreza nos EUA: mais oito milhões de pobres desde Maio. A pandemia do novo coronavírus trouxe à tona as debilidades do sistema sanitário e económico nos Estados Unidos da América. Milhões ficaram sem trabalho e viram-se em situação de pobreza. As desigualdades inerentes ao sistema aprofundaram-se e Nova Iorque foi e é uma das cidades mais afectadas. Na Primavera, numa das fases de maior impacto do surto, muitos agricultores do estado de Nova Iorque viram-se forçados a parar as colheitas ou a deitá-las fora, ao deixarem de ter como escoar a produção, na sequência do encerramento da grande maioria das lojas e restaurantes que abasteciam. Em Nova Iorque, muitos trabalhadores perderam o emprego e ficaram sem rendimentos, tendo começado a recorrer aos bancos alimentares da cidade para fazer frente à fome e sobreviver. As filas que então se viam junto aos bancos alimentares – e que hoje continuam a existir – «mostraram que as políticas alimentares para a cidade mais habitada do país eram insuficientes», afirma o portal lacalletv.com, e deixaram ver igualmente que o estado «nunca esteve preparado» para «enfrentar uma crise desta dimensão», também a nível sanitário, «embora o governador Cuomo tenha então afirmado que Nova Iorque tinha o melhor sistema de saúde do país». Actualmente, cerca de um 1,5 milhão de nova-iorquinos dependem dos bancos alimentares da cidade para poderem subsistir, revelou uma reportagem recente do diário espanhol El País. Entre Março e Agosto, com a crise sanitária, os bancos alimentares nova-iorquinos receberam 12 milhões de visitas, cerca de três milhões ou 36% mais que o registado em igual período do ano anterior, segundo revelou a organização não governamental City Harvest. A procura de comida grátis é tal que foi criada uma aplicação online para procurar despensas comunitárias por zonas. Estes dados são reveladores da dimensão da crise que a cidade atravessa, num caldo em que se misturam pandemia de Covid-19, capitalismo, desigualdade, desemprego e pobreza. Neste contexto, a Universidade de Columbia, em Nova Iorque, realizou um estudo segundo o qual pelo menos oito milhões de norte-americanos passaram a viver em situação de pobreza desde Maio último, quando terminou o plano de ajudas económicas, como um cheque de 1200 dólares e um subsídio extra mensal de 600 dólares para os desempregados. Em declarações ao jornal espanhol, Jessica Ramos, senadora democrata pelo estado de Nova Iorque, expressou a dimensão «preocupante» da pobreza na cidade: «Não falamos de indigentes, mas de gente que tinha dois, três trabalhos precários, e hoje, no melhor dos casos, são vendedores ambulantes e com isso não podem alimentar a sua família», disse, referindo-se ainda a «muitas pessoas que, por não terem documentos, não podem pedir ajuda». «Ainda que a pandemia seja uma novidade, não o é o défice estrutural, ignorado durante demasiados anos, e que a Covid apenas ajudou a pôr em destaque», afirmou. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Isto significa que há mais de 90 milhões de famílias com problemas nos Estados Unidos, quando há um ano eram 60 milhões. Quando o Gabinete de Censos colocou a questão pela primeira vez, em 2020, um terço dos inquiridos afirmaram estar a passar por dificuldades para pagar as despesas domésticas comuns. Depois, esse número caiu, mas, quando a ajuda governamental terminou e a inflação se impôs, o número de pessoas a declarar dificuldades voltou a aumentar, há cerca de um ano. A 1 de Setembro termina a moratória sobre a cobrança de dívidas a estudantes, declarada no âmbito da Covid-19, pelo que se estima que milhões de lares passem a debater-se com uma despesa extra, refere a fonte. De acordo com a pesquisa, o «stress financeiro» aumentou significativamente nas grandes áreas metropolitanas do país. Em Dallas, por exemplo, a percentagem de inquiridos que declaram ter dificuldades em pagar as contas subiu de 27,9%, há um ano, para 45,9%. Em Detroit, registou-se um aumento de quase 20 pontos percentuais no mesmo período. Um relatório recente do Controlador do estado de Nova Iorque, Thomas DiNapoli, revelou que um em cada oito residentes tinham pagamentos de facturas de serviços públicos em atraso, a partir de Março. Mais de 1,2 milhões de utentes devem 1,8 mil milhões de dólares, neste estado da Costa Leste, sendo que os residentes na cidade de Nova Iorque representam 68% do total. Cerca de uma dezena de polícias enfrentaram, esta terça-feira, um grupo de pessoas que tentavam retirar do lixo a comida que um hipermercado tinha deitado fora na cidade de Portland, no Noroeste dos EUA. Na terça-feira, funcionários de uma loja da cadeia Fred Meyer, localizada no bairro de Hollywood, em Portland, tiveram de deitar fora milhares de produtos perecíveis porque a loja, como outras na região, foi afectada por um apagão que a deixou sem electricidade, na sequência de uma tempestade. Nas redes sociais, surgiram imagens e vídeos de dois grandes contentores cheios de comida embalada, pacotes de sumo e produtos lácteos. Por volta das 14h30, começaram a aparecer pessoas com o intuito de levar alguns dos produtos desperdiçados. Mas, pouco tempo depois, várias pessoas reportaram a presença de agentes da Polícia de Portland junto aos contentores, para as impedir de retirar a comida. De acordo com a Polícia, os agentes responderam a uma chamada de um funcionário da Fred Meyer, cerca das 16h, na qual este terá afirmado que a situação estava a «ficar fora de controlo». Ainda segundo a Polícia, quando os agentes chegaram ao local, o funcionário disse-lhes que «a comida estava estragada e imprópria para consumo ou doação». Por seu lado, Morgan Mckniff, residente no bairro, disse que os empregados já estavam a guardar os contentores quando as pessoas apareceram para levar a comida para ali atirada. Então, começou a filmá-los e estes ameaçaram chamar a Polícia – algo que o responsável da loja fez pouco depois, informa The Oregonian. Ter-se-ão juntado umas 15 pessoas no local, segundo o residente em Hollywood, que acusa a Polícia de ter ido para ali para impedir que elas pudessem levar a comida. Juniper Simonis, bióloga e jornalista que acorreu ao local para documentar a presença policial, disse que, quando apareceram, os agentes ameaçaram prender quem ali estava e que as pessoas foram para o outro lado da rua, informa o jornal. Depois de lhes mostrar a carteira de jornalista, Simonis aproximou-se para tirar fotografias, mas a Polícia ameaçou detê-la se não se fosse embora. «Eu estava a documentar a Polícia, não o que estava nos contentores», disse Simonis a The Oregonian. Os agentes acabaram por se ir embora e, por volta das 18h30, cerca de duas dezenas de pessoas regressaram aos contentores, levando cada qual vários produtos. Os funcionários do Fred Meyer voltaram a chamar a Polícia, mas esta não voltou ao local. Simonis disse que a comida estava ainda em boas condições, até por causa do muito frio. Tanto ela como Mckniff sublinharam que tentar impedir as pessoas de levar a comida dos contentores é revelador do valor que a cidade atribui à ajuda a quem dela necessita. As pessoas apareceram porque, com a tempestade e o apagão, muitos ficaram sem nada nos frigoríficos. Simonis sublinha ainda que havia pessoas ali «sem ser por razões egoístas» e que algumas pessoas junto dos contentores fazem parte de grupos que dão ajuda e recursos em centros de acolhimento. Para a jornalista, é difícil «racionalizar» a acção da Polícia e da loja. «Nada disto faz sentido excepto através da lente do policiamento severamente arraigado e de uma cultura de desrespeito pela dignidade humana», disse. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Em média, os residentes do estado de Nova Iorque passaram a dever o dobro em dois anos: 768 dólares, em Março de 2020; 1467 dólares em Março último. «Os efeitos da pandemia continuam a ser sentidos em múltiplos aspectos da vida, incluindo o elevado número de nova-iorquinos que continuam a ter problemas em pagar as suas contas de serviços públicos», disse DiNapoli no relatório. A nível dos EUA, os dados da mais recente pesquisa do Censo mostram que mais de um terço dos lares reduziram ou evitaram despesas em necessidades básicas, como medicamentos ou alimentação, para pagar facturas de energia. Além disso, mais de uma em cada cinco famílias mantiveram as suas casas a temperaturas que pareceram inseguras ou não saudáveis pelo menos um mês; uma fatia semelhante não foi capaz de pagar pelo menos uma parte de uma factura de energia. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Outras grandes cidades que apareceram nesta lista são Filadélfia (em sétimo lugar e com um registo de 500 homicídios em 2022), Nova Orleães (em oitavo lugar e com a taxa de homicídios mais elevada do país) e Los Angeles, que surge no nono posto. «Apesar de toda a sua riqueza […], mais de 40 mil cidadãos vivem ali nas ruas», refere The Hill. Outro dado apontado pelo estudo é que cinco cidades partilham o primeiro lugar no que respeita a população sem-abrigo: Fresno e São Francisco, na Califórnia; Nova Iorque; Washington, D.C., e Honolulu. Já Gulfport (estado do Mississippi), onde um quarto da população vive em situação de pobreza, é, de acordo com o estudo, a cidade norte-americana com maiores problemas de insegurança alimentar. Um texto divulgado há uma semana pelo Quincy Institute for Responsible Statecraft alerta que o enorme apoio financeiro atribuído pelos Estados Unidos à Ucrânia ofusca a despesa com «as prioridades internas». Os autores do texto afirmam que Washington já tinha atribuído 68 mil milhões de dólares a Kiev, pelo que a «ajuda» mais recente aprovada pelo Congresso, no valor de 45 mil milhões, elevaria para mais de 113 mil milhões de dólares a despesa dos EUA com a Ucrânia desde o início da guerra. Um ex-funcionário do Departamento de Estado afirmou que existe uma «guerra por procuração» da NATO com a Rússia e que os soldados russos têm de «se render ou morrer» – «quantos mais e mais depressa, melhor». Eliot Cohen, que foi conselheiro de Condoleezza Rice entre 2007 e 2009, no Departamento de Estado da administração de George W. Bush, é conhecido como elemento da chamada «linha dura» entre os conservadores, tendo defendido a guerra contra o Irão e as agressões norte-americanas no Iraque e no Afeganistão. Num artigo publicado dia 14 na revista The Atlantic, Cohen louva a administração liderada pelo actual presidente norte-americano, Joe Biden, pelo «trabalho admirável» que realizou até agora em diversas frentes, nomeadamente ao «vencer a guerra de informação, mobilizar os aliados da NATO e impor sanções incapacitantes (embora incompletas) à economia russa». Irmãos da Floresta, regimento Azov, Abdelhakim Belhadj, o Estado Islâmico e o terrorismo «moderado», fornecimento clandestino de armamento sofisticado. A associação entre a NATO e os nazi-fascismos é um facto. Que haverá de comum entre um grupo armado formado por membros das Waffen SS em Estados bálticos, designado Irmãos da Floresta, o regimento Azov da Guarda Nacional ucraniana, o emir do Daesh no Magrebe, de seu nome Abdelhakim Belhadj, e o mistério do armamento sofisticado descoberto recentemente num santuário neonazi em Turim, Itália? Por muito que seja considerada inadmissível pela comunicação mainstream e seus fiéis seguidores, a resposta é: NATO – Organização do Tratado do Atlântico Norte. «Que haverá de comum entre um grupo armado formado por membros das Waffen SS em Estados bálticos, designado Irmãos da Floresta, o regimento Azov da Guarda Nacional ucraniana, o emir do Daesh no Magrebe, de seu nome Abdelhakim Belhadj, e o mistério do armamento sofisticado descoberto recentemente num santuário neonazi em Turim, Itália? Por muito que seja considerada inadmissível pela comunicação mainstream e seus fiéis seguidores, a resposta é: NATO – Organização do Tratado do Atlântico Norte» É a linguagem objectiva dos factos. E se contra factos pode haver quantos argumentos quiserem, todos eles serão rejeitados pela mais transparente realidade. As circunstâncias citadas têm em comum, sem dúvida, o culto do nazi-fascismo e, de uma maneira ou de outra, estão igualmente interligadas pela acção, protecção ou propaganda da NATO. Vamos então a factos. A Segunda Guerra Mundial entrava na sua fase final quando foram criados os Irmãos da Floresta, grupos armados anticomunistas nascidos na Estónia, Letónia e Lituânia. Os membros, na sua maioria, foram recrutados entre os destacamentos locais das Waffen SS, integrados no aparelho de guerra hitleriano que tentou ocupar a União Soviética. Na Estónia, por exemplo, estes terroristas faziam juramento de fidelidade ao Fuhrer1. Com a cumplicidade de serviços de espionagem de países ocidentais – nessa altura, formalmente em aliança com o lado soviético – os Irmãos da Floresta, ex-Waffen SS, foram reciclados como tampões contra o avanço do Exército Vermelho para Oeste depois de este ter vergado o nazismo na decisiva e sangrenta batalha de Estalinegrado. Em suma, os Irmãos da Floresta, tal como os destacamentos bálticos das Waffen SS, tinham como missão, de facto, impedir que os soviéticos esmagassem completamente os nazis – o que também significava travar a libertação dos seres humanos que ainda sobreviviam nos campos da morte hitlerianos2. «é pena que os propagandistas da aliança não tenham podido dedicar um segundo sequer às origens hitlerianas e terroristas da gloriosa irmandade – certamente por falta de tempo. Que outras razões haveria para esconder uma matriz tão inspiradora?» Pois os Irmãos da Floresta são agora glorificados como heróis de uma gesta democrática, através de um documentário da NATO inserido no seu espaço de propaganda no YouTube. São oito minutos e alguns segundos de pura heroicidade ao melhor estilo de Hollywood, durante os quais os feitos dos Irmãos da Floresta são apresentados como inspiradores das forças especiais das repúblicas bálticas que agora «estão na linha da frente» contra a temível «ameaça russa». Afinal, hoje como ontem, explica-nos a NATO. Só é pena que os propagandistas da aliança não tenham podido dedicar um segundo sequer às origens hitlerianas e terroristas da gloriosa irmandade – certamente por falta de tempo. Que outras razões haveria para esconder uma matriz tão inspiradora?3 Dos Estados bálticos para a Ucrânia, dos Irmãos da Floresta dos anos quarenta para o actual e activo regimento Azov, um bastião da «pureza rácica» ucraniana, como estipula o seu fundador, Andriy Biletski, aliás o «Fuhrer Branco». Pretende assim que os genes dos seus compatriotas «não se misturem com os de raças inferiores», cumprindo «a sua missão histórica de comandar a Raça Branca mundial na sua cruzada final pela sobrevivência». Ao contrário do que possam pensar, isto não é folclore nem delírio sob efeito de qualquer fumo. O grupo nazi designado Batalhão Azov, e outros do género, receberam treino de instrutores norte-americanos e da NATO e foram decisivos no êxito do golpe «democrático» de 2014 na Praça Maidan, em Kiev. Depois disso, foram transformados em regimentos integrados na Guarda Nacional, o novo corpo militar nascido da «revolução» e que se tornou a guarda pretoriana do regime fascista patrocinado pela Aliança Atlântica, os Estados Unidos e a União Europeia4 . O regimento Azov e outros grupos neonazis, inspirados pela figura de Stepan Bandera, um executor do genocídio hitleriano contra as populações ucranianas, tornaram-se corpos fundamentais na agressão do actual regime contra as populações ucranianas russófonas da região de Donbass. Os membros do regimento Azov orgulham-se de posar com as bandeiras nazi e da NATO, dando-se assim a conhecer ao mundo. A gratidão é uma atitude que nunca fica mal. Mesmo aos nazis. Sob o regime actual em Kiev, a Ucrânia tornou-se, de facto, membro da NATO. Trata-se, como nos Estados bálticos, de combater a terrível «ameaça russa». Para executar tão nobre missão até o nazismo engrossa as hostes da «democracia». Embora desempenhando, desde 2015, a tarefa mais recatada e menos mediática de emir do Daesh, ou Estado Islâmico, no Magrebe, Abdelhakim Belhadj não desapareceu como figura de referência das transformações «libertadoras» que galoparam pelo Médio Oriente e Norte de África sob as exaltantes bandeiras das «primaveras árabes». Abdelhakim Belhadj, para quem não se recorda, foi um dos chefes terroristas islâmicos que contribuíram, em aliança com a NATO, para «libertar a Líbia» do regime de Khaddafi. Houve-se tão bem da missão que a aliança fez dele «governador militar de Tripoli» logo que as hordas fundamentalistas tomaram a capital líbia. Quando ainda mal aquecera o lugar, a tutela atlantista enviou-o para a Síria formar o «Exército Livre», o grupo terrorista «moderado» no qual os Estados Unidos e os seus principais parceiros da NATO apostaram inicialmente todas as fichas com o objectivo de «libertar Damasco». Abdelhakim Belhadj recebeu honrarias dos Estados Unidos, outorgadas pelo embaixador na Líbia e pelo falecido senador McCain, então movendo-se febrilmente entre a Líbia, a Síria e a Ucrânia, onde foi um dos principais timoneiros do golpe de Maidan e das suas frentes nazis. A partir de 2015, segundo a Interpol, Belhadj tornou-se emir do Daesh – o tão proscrito Estado Islâmico – no Magrebe. Porém, cada vez que algum jornalista a sério mexe em acontecimentos da história recente arrisca-se a encontrar-se com a figura de Belhadj. Foi o que sucedeu com profissionais do jornal espanhol Publico: ao investigarem o envolvimento dos serviços de informações de Madrid (CNI) no atentado terrorista de 11 de Março de 2004, que provocou 200 mortos, depararam com outras situações que dizem muito sobre o tipo de «democracia» em que vivemos. Segundo o próprio chefe do governo espanhol da época, José María Aznar – invasão do Iraque, lembram-se? –, Abdelhakim Belhadj foi um dos estrategos do atentado, embora nunca tenha sido preso nem julgado. O curioso é que o atentado começou por ser atribuído à ETA e depois à al-Qaida; e que a maior parte dos operacionais detidos eram informadores dos serviços secretos espanhóis. Mais curioso ainda é o facto de o tema do exercício europeu CMX 2004 da NATO, que decorreu de 4 a 10 de Março, tenha sido precisamente o da simulação de um atentado com as características do que aconteceu em 11 de Março na capital espanhola. «A semelhança do cenário elaborado pela NATO com os acontecimentos ocorridos em Madrid provoca calafrios na espinha e impressionou os diplomatas, militares e serviços de informações que participaram no exercício apenas algumas horas antes», escreveu o jornal El Mundo, inconformado com a tese que acabou por ficar para a história: atentado cometido por uma rede islamita sem ligações à al-Qaida. Entre as névoas do caso avultam, porém, algumas circunstâncias que é possível focar: a declaração de Aznar envolvendo Abdelhakim Belhadj, que se revelou vir a ser uma aposta da NATO antes de ter ascendido ao topo do Estado Islâmico no Magrebe; e os dons proféticos desta mesma NATO, concebendo um tema para exercícios que se tornou realidade menos de 24 horas depois. Há poucos dias, a polícia italiana descobriu um arsenal de armamento num santuário nazi em Turim, Itália. O que à primeira vista poderia ser mais um armazém de velhas e nostálgicas recordações dos fãs do Fuhrer mudou de figura quando foram desembalados alguns sofisticados mísseis que não costumam estar ao alcance de pequenos e médios traficantes de armas. Diz a imprensa italiana que os investigadores do caso seguiram pistas que conduziam até aos grupos nazis ucranianos mas não obtiveram dados consistentes. E provavelmente não encontrarão esses e outros elementos: a verdade é que as notícias sobre o assunto quase desapareceram. O caso é um nado-morto. Já as redes clandestinas formadas pela NATO, do tipo Gládio, não estarão mortas, desafiando todas as propagandas, como recordaram alguns jornalistas italianos. A história do arsenal está mal contada e, previsivelmente, será arquivada com celeridade; já o apoio da NATO aos grupos nazis ucranianos não suscita dúvidas: os próprios beneficiários o confessam. Porém, não é um auxílio que deva ser feito aos olhos de todos, tratando-se da NATO, uma aliança que existe para «defender a democracia» – a NATO só defende, nunca ataca, como se sabe. A verdade é que desde que passou de batalhão a regimento da Guarda Nacional o grupo terrorista Azov foi equipado com armas pesadas, incluindo tanques, que chegaram de algum lado. Talvez agora seja a hora dos mísseis, quem sabe? Ainda recentemente as forças policiais italianas e o regimento Azov assinaram um acordo de cooperação desbravando novos caminhos. É provável que todas estas relações dêem os seus frutos; é improvável, porém, que cheguem ao conhecimento dos cidadãos comuns, tal como o desfecho do mistério dos mísseis nazis de Turim. Irmãos da Floresta, regimento Azov, Abdelhakim Belhadj, o Estado Islâmico e o terrorismo «moderado», fornecimento clandestino de armamento sofisticado. Não é necessário escavar muito estas histórias, casos e mistérios para tropeçarmos na associação entre a NATO e os nazi-fascismos, duas correntes que, a acreditar na propaganda oficial, deveriam ser como a água e o azeite. Afinal não. Trata-se de uma fluida cooperação nos tempos em que se fala no risco de uma nova guerra mundial e que traz raízes consolidadas na altura em que o anterior conflito ainda não tinha acabado. É, como se percebe, uma grande e frutífera irmandade. Factos são factos. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. E admite claramente que a NATO trava na Ucrânia uma «guerra por procuração», buscada pela Casa Branca. No entanto, critica a actual administração por não fazer o suficiente, defendendo que deve promover ainda mais a escalada do conflito. Segundo refere o portal multipolarista.com, tendo por base informações divulgadas na imprensa dominante, a administração de Biden enviou para a Ucrânia mais de 17 mil armas anti-tanque, incluindo mísseis Javelin, e 2000 mísseis anti-aéreos Stinger – alguns dos quais foram parar directamente às forças neonazis do Batalhão Azov. A mesma fonte indica que, depois de ter enviado para a Ucrânia, no final de Fevereiro, armas no valor de 350 milhões de dólares, a Casa Branca aprovou uma pacote de ajuda adicional no valor de 13,6 mil milhões de dólares, em Março, incluindo 6,5 mil milhões em apoio militar. Para Eliot Cohen, isto não basta. «O fluxo de armas que entra na Ucrânia tem de ser uma inundação», escreveu em The Atlantic. «Os Estados Unidos e os seus aliados da NATO estão envolvidos numa guerra por procuração com a Rússia», disse. «Estão a fornecer milhares de munições e, esperemos, fazendo muito mais – partilhando inteligência, por exemplo – com o objectivo de matar soldados russos». Um grupo de pessoas manifestou-se, esta segunda-feira, na sede da empresa de armamento norte-americana Raytheon Technologies, em Cambridge, Massachusetts, contra o negócio da guerra. No cimo da sede da Raytheon, cinco pessoas penduraram panos em que pediam o fim de todos os conflitos bélicos e denunciavam que a empresa em causa, um dos gigantes da indústria do armamento, lucra com a morte no Iémen, na Palestina e na Ucrânia [vídeo]. Outras, mais abaixo, mostraram faixas em que denunciavam o lucro da empresa com o «genocídio» e que os seus «mísseis matam civis». De acordo com a informação divulgada na conta de Twitter da organização Resist and Abolish the Military Industrial Complex (RAM INC), a Polícia deteve as pessoas envolvidas na acção de protesto – que foram mais tarde libertadas. Por um protesto realizado o ano passado à entrada das instalações da Raytheon em Portsmouth, no estado norte-americano de Rhode Island, a organização enfrenta uma multa de 3000 dólares, segundo informa na mesma rede social. A Raytheon, que o ano passado anunciou vendas no valor de 64,4 mil milhões de dólares, tem entre os seus clientes a Arábia Saudita, o Catar e os Emirados Árabes Unidos. «Reclusos que ganham centavos fabricam armas multimilionárias», revela o MintPress News. As maiores empresas de armas dos EUA encontram novas formas de tirar proveito do complexo industrial das prisões. Um estudo do MintPress News indica que, «em muitos casos, as armas de guerra são fabricadas directamente com recurso a trabalho penitenciário sob coacção». Centrada nas cem maiores empresas privadas contratadas pelo Departamento da Defesa norte-americano, a investigação mostra que 37% também lucram com norte-americanos reclusos, tanto em prisões como nos campos do Serviço de Imigração e Controlo de Fronteiras (ICE). Entre os 25 maiores fabricantes de armas, 16 beneficiam do trabalho dos reclusos. A lista completa das 37 empresas que lucram com o «encarceramento massivo» pode ser consultada aqui (apresentada por ordem do valor dos contratos recebidos do Departamento da Defesa). A lista, explica o jornalista Alan MacLeod, foi criada com base na recolha de dados do portal da administração norte-americana usaspending.gov. Os dados relativos às cem maiores empresas militares privadas contratadas no último ano fiscal completo foram comparados com uma base de dados de agentes do sector privado da indústria prisional, organizada pelo grupo Worth Rises, que defende o desmantelamento da indústria das prisões e o fim da exploração que ela implica. «"historicamente, o governo federal atribuiu subsídios para testar nas prisões a tecnologia que está a ser desenvolvida para a luta contra o terrorismo"» Chris Hedges, jornalista e professor no sistema prisional a quem foi pedido um comentário, não ficou chocado com o facto de quase dois terços dos maiores agentes da indústria da defesa estarem bastante envolvidos no negócio das prisões. «O tecido da indústria da defesa, o Estado carcerário, a indústria da inteligência, está tudo interligado. E acho que estas descobertas o provam», disse. O MintPress falou igualmente com a fundadora e directora executiva da Worth Rises, Bianca Tylek, que também não se mostrou surpreendida. «Há uma sobreposição considerável entre as duas indústrias, o que não é surpreendente; são indústrias controversas. As empresas que operam numa indústria controversa não temem participar noutra. Onde vemos uma sobreposição particular é na tecnologia de segurança e vigilância. Na verdade, historicamente, o governo federal atribuiu subsídios para testar nas prisões a tecnologia que está a ser desenvolvida para a luta contra o terrorismo», disse. Uma dessas empresas «controversas» é a Raytheon, que o ano passado anunciou vendas no valor de 64,4 mil milhões de dólares e que também recorre à vasta população prisional dos Estados Unidos como mão-de-obra barata quase infinita para fabricar alguns dos seus produtos mais caros. Os reclusos, refere o texto, são obrigados a trabalhar por apenas 23 centavos por hora (menos impostos e outras taxas) para empresas subcontratadas que fabricam peças para mísseis Patriot que custam até 5,9 milhões de dólares (cada um), o que significa que um preso teria de trabalhar quase 3000 anos, 24 horas por dia, para ser capaz de pagar o que está a fazer. «As armas da Raytheon têm sido cruciais para os bombardeamentos levados a cabo pela coligação liderada pelos sauditas no Iémen» A administração norte-americana autoriza a Raytheon e outros a venderem os seus produtos a alguns dos governos que mais violam os direitos humanos, afirma o MintPress News, incluindo nessa lista os da Arábia Saudita, do Catar e dos Emirados Árabes Unidos. As armas da Raytheon têm sido cruciais para os bombardeamentos levados a cabo pela coligação liderada pelos sauditas no Iémen, criando aquilo que as Nações Unidas classificam como «a pior crise humanitária do mundo». Desde o início da guerra de agressão, a Raytheon vendeu a Riade equipamento pelo menos no valor de 3,3 mil milhões de dólares. Em 2018, a aviação saudita usou um míssil fabricado pela Raytheon para fazer explodir um autocarro cheio de crianças iemenitas, provocando a morte a 51 pessoas. «Se esta história foi notícia, há seguramente muitos outros casos semelhantes que nunca chegam ao público ocidental», frisa o portal. Reclusos nos EUA fabricam equipamentos electrónicos, ópticos e arneses para a BAE Systems, incluindo para o seu veículo de combate Bradley, um pilar do Exército norte-americano. Por este trabalho, os presos recebem cerca de 100 dólares por mês, segundo informação divulgada. Várias subsidiárias da BAE Systems – incluindo o fabricante de equipamentos militares e policiais Armor Holdings (que fabrica a maioria das mochilas do Exército dos EUA) e a empresa de tecnologia de câmaras, segurança e espionagem Fairchild Imaging – também aparecem na lista de empresas que vendem para a indústria prisional, elaborada pela Worth Rises. «Há diversas grandes empresas contratadas pela Defesa que também operam na indústria prisional.» BAE Systems, General Dynamics e Lockheed Martin estão entre as empresas que mais lucram com o trabalho prisional, segundo a Worth Rises, que as marca com «nota máxima» no índice de danos. Há diversas grandes empresas contratadas pela Defesa que também operam na indústria prisional. Um dos exemplos apontados pelo MintPress News é o da General Electric e das suas subsidiárias, envolvidas na construção e no equipamento das prisões, no fornecimento de alimentos e na supervisão dos cuidados de saúde. Porventura, o agente mais importante na ligação da indústria prisional à militar é empresa estatal Unicor (também conhecida como Federal Prison Industries). Empregando 16 mil reclusos a nível nacional em 2021, a Unicor anunciou receitas de 528 milhões de dólares o ano passado. Fabricando de tudo – desde têxteis até equipamentos de escritório e electrónicos –, a empresa presta um serviço vital ao complexo industrial militar, fornecendo-lhe um fluxo quase interminável de mão-de-obra cativa e praticamente gratuita para explorar, destaca o portal. Ao contrário da Raytheon e da Lockheed Martin, que mantêm em silêncio a ligação a esta fonte controversa de trabalho, a Unicor parece orgulhar-se dela, ostentando-a na sua página de Internet. Muitas das 37 empresas listadas são conhecidas como fabricantes de armas, mas outras poderão não ser associadas à indústria das armas. A CACI International, por exemplo, está longe de ser um nome familiar, apesar de empregar mais de 22 mil pessoas em todo o mundo. O principal cliente da CACI é o governo dos EUA, a quem fornece uma vasta gama de serviços profissionais e de tecnologias da informação. Localizada no Norte da Virgínia, é uma das muitas empresas que se banqueteiam com os contratos de guerra do Iraque e do Afeganistão. «O ano passado, o director executivo da CACI, John Mengucci, referiu-se à retirada do Afeganistão como má para o negócio.» A CACI promove-se a si mesma como um «empregador progressista», e o seu portal está cheio de conversa sobre «diversidade» e «inclusividade», além de se vangloriar de estar na lista da Forbes do «top mais» das empresas «amigas das mulheres». Mas esta conversa «progressista» dura até que o dinheiro fale. Em 2016, revela o MintPress, a CACI lançou uma oferta e ganhou um contrato de 93 milhões de dólares com o Serviço de Imigração e Controlo de Fronteiras para fazer a manutenção dos seus centros de detenção – edifícios que foram amplamente descritos como campos de concentração. O ano passado, o director executivo da CACI, John Mengucci, referiu-se à retirada do Afeganistão como má para o negócio. E tinha razão: em 2019, a CACI assegurou um contrato de 907 milhões de dólares, por um período de cinco anos, para «fornecer operações de inteligência e apoio analítico» às forças dos EUA no Afeganistão. Além disso, em 2021, o Supremo Tribunal dos EUA rejeitou o recurso da CACI relativo ao processo instaurado por um grupo de iraquianos pelo alegado envolvimento da empresa em tortura e agressão sexual, na célebre prisão de Abu Ghraib. As condições prisionais nos Estados Unidos estão entre as piores do mundo desenvolvido, denuncia o MintPress News. A maior parte dos estados exige que os reclusos recebam uma compensação financeira pelo seu trabalho, mas os salários podem ser embargados para pagamento de pensões de alimentos, restituições à vítima e até alojamento e alimentação. Em cinco estados – Texas, Arkansas, Alabama, Geórgia e Florida – os reclusos são obrigados a trabalhar sem qualquer pagamento. «Isto é trabalho em condições de servidão; não se pode organizar; não pode fazer greve; não pode protestar pelas más condições. O pagamento está muito abaixo do salário mínimo», disse Hedges ao MintPress. Assim, a enorme população prisional satisfaz as necessidades das empresas norte-americanas de duas formas: primeiro, fornece uma gigantesca reserva de mão-de-obra barata e disciplinada para explorar, ajudando-as a competir com «fábricas de miséria» na Ásia; em segundo lugar, actua como uma ferramenta disciplinadora do «trabalho livre», ajudando a acabar com os sindicatos e a reduzir os salários e as condições de trabalho em todo o país. A Worth Rises faz parte de um conjunto de organizações que consideram que parte do trabalho prisional se assemelha à escravidão, pelo que tem feito campanha para alterar a 13.ª Emenda, que permite que a escravidão seja usada como forma de punição de um crime. «Pessoas nas ruas de Detroit, Newark ou no Leste de Nova Iorque não valem nada aos olhos do Estado corporativo. Mas, se forem fechadas numa gaiola, têm capacidade para gerar 50 ou 60 mil dólares por ano para essas empresas.» Tendo em conta que a economia foi esvaziada e os empregos foram transferidos para o estrangeiro, grande parte da população trabalhadora do país tornou-se, aos olhos das empresas norte-americanas, excedentária em relação às necessidades económicas, afirma o MintPress News. Já não são necessários para trabalhar nas fábricas e são efectivamente inúteis para gerar lucros para outros. Hedges encara a ascensão do complexo industrial prisional como uma resposta a isto. «Pessoas nas ruas de Detroit, Newark ou no Leste de Nova Iorque não valem nada aos olhos do Estado corporativo. Mas, se forem fechadas numa gaiola, têm capacidade para gerar 50 ou 60 mil dólares por ano para essas empresas. Então, nesse sentido, é um continuum completo [desde a escravidão]», disse. Com quase 2,3 milhões de pessoas atrás das grades numa rede de mais de 7000 instalações, os Estados Unidos têm de longe a taxa mais elevada de encarceramento do mundo, encarcerando os seus cidadãos a uma taxa dez vezes superior à de países europeus como a Suécia ou a Dinamarca e 17 vezes mais elevada que a do Japão. A explosão da população prisional dos EUA reflecte de perto a ascensão do neoliberalismo como a ideologia dominante, afirma o portal, precisando que, antes da administração Reagan, os números das prisões norte-americanas eram comparáveis aos da Europa. No entanto, entre 1984 e 2005, uma nova cadeia foi construída, em média, a cada 8,5 dias, atingindo o pico em 2009. Tylek, da Worth Rises, criticou fortemente o custo e o desperdício do empreendimento. «Em muitos lugares, as populações prisionais caíram nos últimos anos. E, no entanto, os orçamentos dessas agências continuam a aumentar. Nada o justifica», disse. A indústria prisional «para lá dos limites» tornou-se tão normalizada que é objecto de entretenimento ligeiro. Em 2020, um novo jogo, chamado «Prison Empire Tycoon», tornou-se viral, convertendo-se no jogo de estratégia número um na App Store da Apple. O objectivo do jogo é supervisionar e administrar uma prisão com fins lucrativos. Durante o tutorial, no início, um guarda empunhando um bastão instrui os jogadores, dizendo-lhes que «o Estado paga bom dinheiro» para lidar com os «criminosos». Uma forma de gerar mais lucro, tanto no jogo como na realidade, é transferir os custos para os próprios reclusos. As pessoas encarceradas agora têm de pagar regularmente artigos essenciais como sabão, pasta de dentes e champô, bem como chamadas para os seus entes queridos. A outros exigem-lhes co-pagamentos para consultar um médico ou para despesas de alojamento, a serem descontadas dos salários ganhos. «Corporações financeiras como a JPay e a JP Morgan Chase fazem parcerias com instituições penitenciárias para garantir o melhor negócio para eles – e o pior negócio para os presos.» Muitas vezes, apenas o facto de se ser enviado para um estabelecimento prisional implica uma «taxa de processamento» de 100 dólares, que os reclusos têm de pagar, enquanto aos visitantes são cobradas regularmente quantias por verificações de antecedentes. Amigos e familiares dos presos transferem 1,8 mil milhões de dólares para estabelecimentos prisionais todos os anos. Sem outra opção, são forçados a aceitar taxas de transferência de dinheiro até 45%. Corporações financeiras como a JPay e a JP Morgan Chase fazem parcerias com instituições penitenciárias para garantir o melhor negócio para eles – e o pior negócio para os presos. Tylek disse ao MintPress: «Estar preso é muito caro. É tão caro que endivida muitas famílias que apoiam pessoas que estão encarceradas.» Hedges, que passou muito tempo a ensinar no sistema penitenciário de New Jersey, também observou as semelhanças entre as prisões e os militares, comentando que os guardas são frequentemente recrutados nas Forças Armadas ou na Guarda Nacional. Cada vez mais, os guardas parecem-se com as equipas SWAT, com armas letais de alta tecnologia. «Tudo é militarizado», disse Hedges. E acrescentou: «Dirigem-se a ti pelo teu número, não pelo teu nome. És obrigado a andar em fila indiana pelos corredores. Qualquer infracção […] pode fazer com que acabes por ser espancado ou atirado para a solitária e despojado dos poucos privilégios que tens. É o microcosmo perfeito do Estado totalitário.» «À medida que os impérios decaem (...), muitas vezes trazem de volta a repressão que infligem no estrangeiro» Por seu lado, Tylek disse que, «em muitos casos, o governo está a reagir ao crime a nível nacional da mesma forma que responde à guerra internacional. E isto deve-se ao facto de que muitos dos mesmos fornecedores estão a facultar equipamento tecnológico para esses dois ambientes». À medida que os impérios decaem – argumentou Hedges –, muitas vezes trazem de volta a repressão que infligem no estrangeiro, usando na população nacional tácticas aprimoradas para reprimir a dissidência estrangeira. Hoje, as comunidades pobres nos EUA estão a ser governadas de uma forma cada vez mais militarizada, nota o MintPress News, enquanto os oprimidos pelo complexo industrial prisional no país são coagidos a fornecer o seu trabalho para reforçar o complexo industrial militar no estrangeiro. E, a cada passo, as empresas norte-americanas continuam a lucrar. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. As suas armas têm sido fundamentais para os bombardeamentos levados a cabo pela coligação liderada pelos sauditas no Iémen, ajudando a criar aquilo que as Nações Unidas classificam como «a pior crise humanitária do mundo». Desde o início da guerra de agressão, a Raytheon vendeu a Riade equipamento pelo menos no valor de 3,3 mil milhões de dólares, segundo refere o MintPress News. Em 2018, a aviação saudita usou um míssil fabricado pela Raytheon para fazer explodir um autocarro cheio de crianças iemenitas, provocando a morte a 51 pessoas. A indústria de armamento dos EUA também tem lucrado bastante com a actual situação na Ucrânia, tendo como base os contratos celebrados com países ocidentais que estão a aumentar as suas despesas na área da defesa. Segundo revelou o diário The Hill na semana passada, o valor das acções da Lockheed Martin disparou quase 25% desde o início do ano, enquanto o de outras empresas do sector como Raytheon, General Dynamics e Northrop Grumman subiu cerca de 12%, cada qual. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. «Para vergar a vontade da Rússia e libertar a Ucrânia da conquista e da subjugação, muitos soldados russos têm de fugir, render-se ou morrer, e, quantos mais e mais depressa, melhor», acrescentou o apoiante das invasões do Iraque e do Afeganistão, que também pedia a guerra com o Irão. Embora não esteja directamente no governo, Cohen trabalha para o think tank neoconservador Center for Strategic and International Studies (CSIS), que recebe fundos do governo, da indústria de armamento e das empresas de combustíveis fósseis. De acordo com o portal norte-americano, a «perspectiva ultra-belicosa de Cohen é bastante representativa dos falcões [da guerra] em Washington» e «o seu artigo em The Atlantic permite vislumbrar de forma honesta como os planificadores imperialistas norte-americanos encaram a crise na Ucrânia: uma oportunidade para usar o povo ucraniano como carne para canhão numa guerra por procuração» contra a Rússia. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Os autores referem-se a esta verba como «dinheiro dos contribuintes norte-americanos» e, para ajudar a contextualizar o seu valor, afirmam que, se a Ucrânia fosse um estado do país, seria o 11.º em termos de fundos federais que recebe, segundo os próprios dados do governo sobre a despesa. «Por outras palavras, nos últimos 12 meses, a Ucrânia recebeu mais dólares dos contribuintes norte-americanos que 40 estados dos EUA», afirmam. Ainda a situar a verba, o texto afirma que a ajuda dada pela administração de Joe Biden à Ucrânia é mais do que qualquer país mundo gasta em despesas militares, com excepção dos Estados Unidos e da China. Os 113 mil milhões de dólares de ajuda à Ucrânia – refere ainda o texto – são quase tanto como o que a Lei atribui para despesa de referência ao Departamento de Estado e ao Departamento de Segurança Nacional juntos, e pouco menos que os 118,7 mil milhões de dólares que os EUA devem gastar em cuidados médicos com todos os veteranos militares. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. De acordo com o estudo da KFF, os adultos negros (31%) têm aproximadamente o dobro das probabilidades dos brancos (14%) de dizer que testemunharam incidentes de violência armada, e de ter um familiar morto por este motivo (34% por comparação com 17% dos brancos adultos). Entre os adultos negros (32%) e hispânicos (33%), é muito maior que entre os brancos adultos (10%) a preocupação frequente com a possibilidade de se ser vítima de violência armada ou de que alguém querido o seja, com os primeiros dois grupos a afirmarem que se preocupam «todos os dias» ou «quase todos os dias», refere o estudo. A grande maioria (84%) dos 1271 inquiridos a nível nacional, entre 14 e 23 de Março de 2023, disse que toma pelo menos uma medida de precaução para se manter a salvo, bem como às suas famílias, da possibilidade de enfrentar a violência armada. O governo mexicano abriu um processo no Tribunal Federal do Distrito de Tucson contra cinco empresas de armas no estado norte-americano do Arizona, com o intuito de travar o tráfico para o país azteca. Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros explica que estes vendedores participam, de forma rotineira e sistemática, no tráfico ilícito de armas, incluindo as de tipo militar, para cartéis e outras organizações criminosas no México, através de outras entidades. A queixa, apresentada esta segunda-feira, dirige-se às empresas Diamondback Shooting Sports, SNG Tactical, Loan Prairie, Ammo A-Z e Sprague's Sports, informou o ministério, acrescentando que o litígio faz parte de uma estratégia multifacetada do executivo mexicano para travar a avalanche de armas, sobretudo de assalto, provenientes dos Estados Unidos e que dão força a grupos criminosos, provocam derramamento de sangue e contribuem para o tráfico de drogas. Num vídeo divulgado pelo La Jornada, o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros, Marcelo Ebrard, sublinhou que as empresas visadas na acção civil são responsáveis, nos últimos anos, «pela venda de armas que aparecem aqui em crimes muito graves, em homicídios, em feminicídios, em coisas muito delicadas no México». O diplomata recordou que os EUA pediram ao governo de López Obrador ajuda na luta contra o fentanil e os cartéis da droga, «e está certo que trabalhemos juntos, mas nós também queremos que nos ajudem a reduzir o fluxo de armas, que nos provoca muitos danos». «Não nos damos por vencidos», disse Ebrard em alusão à luta legal do país latino-americano contra os traficantes de armas que operam a partir do vizinho nortenho. Há uma semana, Marcelo Ebrard anunciou no Senado mexicano a acção judicial, destacando a importância de «começar a estabelecer responsabilidades penais» para travar o tráfico com destino ao México e, assim, conseguir travar a violência no seu país. O responsável da política externa confirmou ainda que o seu governo vai recorrer da decisão do juiz federal do Tribunal do Distrito de Boston (estado norte-americano de Massachusetts), Dennis Saylor, que indeferiu a primeira queixa apresentada por um governo de um país contra a indústria de armamento nos EUA, refere a Xinhua. A acção, anunciada em Agosto do ano passado, visa 11 fabricantes de armas norte-americanos, que o executivo mexicano acusa «de negligência e de fomentar o tráfico ilícito dos seus produtos» no México. Apesar de o juiz Saylor ter considerado que é um processo improcedente à luz das leis federais norte-americanas, o executivo de Obrador vai insistir. «O tráfico destas armas é superior em número e capacidade de fogo a tudo o que compramos oficialmente num ano para as nossas forças armadas e policiais», disse Ebrard na Câmara Alta do México, citado pela Xinhua. Em Abril último, as autoridades mexicanas afirmaram que entre 70 e 90% das armas encontradas em cenas de crime no país «têm como origem» os Estados Unidos. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Destes, 58% disseram ter falado com os seus filhos ou outros familiares sobre segurança com armas de fogo, 44% afirmaram ter adquirido outro tipo de arma que não uma pistola – como uma faca ou gás pimenta – e 41% frequentaram aulas sobre segurança com armas de fogo ou praticaram tiro. Além disso, refere o estudo, mais de um terço (35%) afirmaram que evitam grandes multidões, como festivais de música, discotecas e bares cheios. Já quase três em cada dez (29%) disseram ter comprado uma arma de fogo para se proteger da violência armada. Quatro em cada dez adultos (41%) dizem quem vivem numa casa onde há uma arma de fogo. Destes, três quartos afirmam que pelo menos uma arma permanece «armazenada com munições, num local acessível, ou carregada». O relatório veio a público no dia em que, pelo menos, uma pessoa foi morta a tiro na capital federal dos EUA, Washington, D.C., perto de uma funerária onde decorria uma cerimónia em honra de uma vítima da violência armada, indica o periódico The Hill. O ministro dos Negócios Estrangeiros de Cuba afirmou, esta quarta-feira, que os números relativos a actos violentos nos EUA mostram que o direito ao porte de armas está acima da vida. Temo como base os dados divulgados pelo portal Gun Violence Archive, Bruno Rodríguez referiu, na sua conta de Twitter, que este ano tiveram lugar 559 tiroteios massivos nos Estados Unidos da América, enquanto as mortes resultantes da violência armada ascendem a 16 653. Das pessoas mortas, 266 são crianças (até aos 11 anos) e 1107 são adolescentes (até aos 17 anos), números que classificou como «alarmantes» e que, em seu entender, reflectem o facto de «nos Estados Unidos se privilegiar o direito ao porte de armas acima do direito à vida». O caso mais recente de tiroteio massivo registado em território norte-americano ocorreu no passado dia 24, com um homem armado a abrir fogo numa escola secundária na cidade de Saint Louis, no estado de Missouri. Duas pessoas faleceram e várias ficaram feridas, segundo noticiou a NBC News. O atacante, de 19 anos de idade, faleceu na sequência de uma troca de disparos com as forças de segurança, revelou a Polícia. O governo mexicano abriu um processo no Tribunal Federal do Distrito de Tucson contra cinco empresas de armas no estado norte-americano do Arizona, com o intuito de travar o tráfico para o país azteca. Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros explica que estes vendedores participam, de forma rotineira e sistemática, no tráfico ilícito de armas, incluindo as de tipo militar, para cartéis e outras organizações criminosas no México, através de outras entidades. A queixa, apresentada esta segunda-feira, dirige-se às empresas Diamondback Shooting Sports, SNG Tactical, Loan Prairie, Ammo A-Z e Sprague's Sports, informou o ministério, acrescentando que o litígio faz parte de uma estratégia multifacetada do executivo mexicano para travar a avalanche de armas, sobretudo de assalto, provenientes dos Estados Unidos e que dão força a grupos criminosos, provocam derramamento de sangue e contribuem para o tráfico de drogas. Num vídeo divulgado pelo La Jornada, o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros, Marcelo Ebrard, sublinhou que as empresas visadas na acção civil são responsáveis, nos últimos anos, «pela venda de armas que aparecem aqui em crimes muito graves, em homicídios, em feminicídios, em coisas muito delicadas no México». O diplomata recordou que os EUA pediram ao governo de López Obrador ajuda na luta contra o fentanil e os cartéis da droga, «e está certo que trabalhemos juntos, mas nós também queremos que nos ajudem a reduzir o fluxo de armas, que nos provoca muitos danos». «Não nos damos por vencidos», disse Ebrard em alusão à luta legal do país latino-americano contra os traficantes de armas que operam a partir do vizinho nortenho. Há uma semana, Marcelo Ebrard anunciou no Senado mexicano a acção judicial, destacando a importância de «começar a estabelecer responsabilidades penais» para travar o tráfico com destino ao México e, assim, conseguir travar a violência no seu país. O responsável da política externa confirmou ainda que o seu governo vai recorrer da decisão do juiz federal do Tribunal do Distrito de Boston (estado norte-americano de Massachusetts), Dennis Saylor, que indeferiu a primeira queixa apresentada por um governo de um país contra a indústria de armamento nos EUA, refere a Xinhua. A acção, anunciada em Agosto do ano passado, visa 11 fabricantes de armas norte-americanos, que o executivo mexicano acusa «de negligência e de fomentar o tráfico ilícito dos seus produtos» no México. Apesar de o juiz Saylor ter considerado que é um processo improcedente à luz das leis federais norte-americanas, o executivo de Obrador vai insistir. «O tráfico destas armas é superior em número e capacidade de fogo a tudo o que compramos oficialmente num ano para as nossas forças armadas e policiais», disse Ebrard na Câmara Alta do México, citado pela Xinhua. Em Abril último, as autoridades mexicanas afirmaram que entre 70 e 90% das armas encontradas em cenas de crime no país «têm como origem» os Estados Unidos. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. De acordo com um inquérito publicado em 2021 pela Morning Consult, mais de 75% dos eleitores norte-americanos consideram os crimes violentos como um «problema social». Já uma sondagem realizada este Verão pela National Public Radio (NPR) mostra que mais de um quarto dos norte-americanos afirmam viver com medo de ser atacados no seu próprio bairro. Apesar deste cenário, os passos dados no país norte-americano têm sido tímidos, o que – destaca a agência Prensa Latina – se fica a dever à força e ao poder do lóbi pró-armas. No final de Junho – um mês depois do massacre numa escola primária em Uvalde, no Texas –, o presidente norte-americano, Joe Biden, assinou uma lei com vista a uma suposta regulamentação das armas, que coloca ênfase na possibilidade de se poder retirar armas a pessoas consideradas um perigo para elas e para os demais, na verificação dos antecedentes penais e psicológicos dos compradores, e num maior controlo na venda. As associações pró-armas opuseram-se, mas, ainda assim, as medidas foram consideradas «moderadas» e não incidem nas espingardas de assalto, que estão entre as mais utilizadas nos tiroteios que mais matam. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Na véspera, um atirador matou pelo menos cinco pessoas numa sucursal bancária em Louisville (estado de Kentucky), com a Polícia Metropolitana local a confirmar que a arma utilizada foi adquirida de forma legal. Um periódico de grande tiragem alertava para a frequência com que se dão este tipo de casos nos Estados Unidos e para o facto de a sua ocorrência se dever, em parte, ao acesso fácil a tantas armas no país, bem como a um efeito de imitação. De acordo com o portal Gun Violence Archive, até 12 de Abril de 2023 foram registados 147 tiroteios massivos nos EUA, onde 11 754 pessoas perderam a vida por causa das balas. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
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No fim-de-semana passado, a organização registou 12 incidentes, cinco dos quais no sábado. Só no dia 6 foram mortas dez pessoas a tiro (oito delas por um atirador num mercado em Allen, no estado do Texas) e 28 ficaram feridas, em incidentes que tiveram lugar também nos estados de Ohio e da Califórnia.
No domingo, a Gun Violence Archive registou mais sete casos de tiroteios massivos, em que morreram nove pessoas e 23 ficaram feridas – nos estados da Califórnia, Missouri, New Jersey e Maryland.
De acordo com o registo que o organismo actualiza desde 2013, o ano passado houve 647 tiroteios massivos nos Estados Unidos, que provocaram 20 200 mortes com armas de fogo, utilizadas de forma «intencional, maliciosa ou acidental», e 38 550 feridos.
Ao longo deste ano, perderam a vida 6431 pessoas da mesma forma, e 11 911 ficaram feridas, segundo a Gun Violence Archive.
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