Com o lema «As pessoas e os seus direitos em primeiro lugar. Defende-os», milhares de pessoas manifestaram-se pelas ruas de Madrid contra a política laboral do Governo de Mariano Rajoy, acusando-o de atacar os direitos sociais dos trabalhadores e de impor limitações ao processo de diálogo social: a não-reversão das reformas estruturais e o cumprimento dos limites para o défice orçamental negociados com a Comissão Europeia.
A acção foi convocada por confederações sindicais espanholas, a CCOO (Confederação Sindical das «Comisiones Obreras») e a UGT (União Geral de Trabalhadores). Os sindicatos exigem mais e melhor emprego, salários dignos, pensões suficientes e sustentáveis e um rendimento mínimo contra a pobreza e a desigualdade.
«Esperamos que esta manifestação marque o início de um movimento que, a pouco e pouco, vai crescer, contra a política de direita deste Governo» afirmou à Lusa Agostín Martin, dirigente da CCOO.
Já o secretário-geral da mesma confederação sindical, Pepe Álvarez, declara ao Público espanhol que estão dispostos ao diálogo, «mas os limites que o Governo impôs no início da negociação são tão estreitos, que é necessária a mobilização».
As estruturas sindicais incidiram na necessidade de revogar a reforma laboral, impulsionar a negociação colectiva, alterar a política fiscal e repartir a riqueza. Já avisaram que o actual movimento de protesto «não será o último», se o Governo não respeitar o diálogo social ou se não satisfizer as reivindicações.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui