Milhares manifestaram-se em Madrid

Mais de 60 acções de protesto decorreram nos últimos dias em várias cidades espanholas  e culminaram hoje numa manifestação em Madrid para pressionar o Governo a negociar e pela recuperação de direitos perdidos.

Manifestantes hoje em Madrid, em protesto contra as políticas do Governo de Mariano Rajoy
Créditos / El Confidencial

Com o lema «As pessoas e os seus direitos em primeiro lugar. Defende-os», milhares de pessoas manifestaram-se pelas ruas de Madrid contra a política laboral do Governo de Mariano Rajoy, acusando-o de atacar os direitos sociais dos trabalhadores e de impor limitações ao processo de diálogo social: a não-reversão das reformas estruturais e o cumprimento dos limites para o défice orçamental negociados com a Comissão Europeia.

 A acção foi convocada por confederações sindicais espanholas, a CCOO (Confederação Sindical das «Comisiones Obreras») e a UGT (União Geral de Trabalhadores). Os sindicatos exigem mais e melhor emprego, salários dignos, pensões suficientes e sustentáveis e um rendimento mínimo contra a pobreza e a desigualdade.

«Esperamos que esta manifestação marque o início de um movimento que, a pouco e pouco, vai crescer, contra a política de direita deste Governo» afirmou à Lusa Agostín Martin, dirigente da CCOO.

Já o secretário-geral da mesma confederação sindical, Pepe Álvarez, declara ao Público espanhol que estão dispostos ao diálogo, «mas os limites que o Governo impôs no início da negociação são tão estreitos, que é necessária a mobilização».

As estruturas sindicais incidiram na necessidade de revogar a reforma laboral, impulsionar a negociação colectiva, alterar a política fiscal e repartir a riqueza. Já avisaram que o actual movimento de protesto «não será o último», se o Governo não respeitar o diálogo social ou se não satisfizer as reivindicações.

 

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