Na próxima quinta-feira, 29, passam 70 anos sobre a aprovação, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, da resolução 181, «que atribuía 55% do território da Palestina histórica para o estabelecimento de um Estado judaico, com a promessa – nunca cumprida – de constituição de um Estado árabe-palestino no restante território e um estatuto especial para Jerusalém», lê-se numa nota publicada pelo MPPM na sua página do Facebook.
Posteriormente, a Assembleia Geral declarou 29 de Novembro como Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano. No seu portal, as Nações Unidas defendem que este dia «representa uma oportunidade para chamar a atenção da comunidade internacional para o facto de a questão da Palestina continuar por resolver e de o povo palestiniano não ter ainda visto reconhecidos os seus direitos inalienáveis conforme definidos pela Assembleia Geral, nomeadamente o direito à autodeterminação sem interferência externa, o direito à independência nacional e soberania, e o direito a regressar às suas casas e propriedades expropriadas».
É tempo de «manter viva a esperança»
Hoje em dia, lembra o MPPM, há 600 mil colonos israelitas a viver nos 230 colonatos e postos avançados construídos ilegalmente nos territórios ocupados; 6200 palestinianos estão nas prisões israelitas, meia centena dos quais em detenção administrativa; Israel intensifica a judaização de Jerusalém Oriental – instalando colonos, destruindo casas de palestinianos e anexando territórios da Margem Ocidental; os recursos naturais da Palestina (água, terras de cultivo, pescas, petróleo, gás natural, inertes) são pilhados por Israel; os dois milhões de habitantes de Gaza continuam sujeitos a um bloqueio desumano.
Mesmo só nos termos dos Acordos de Oslo (1993-95), a constituição de um Estado da Palestina – em apenas 22% do território da Palestina histórica – «afigura-se cada vez mais longínqua», denuncia o MPPM. Por isso, insta a fazer da Sessão Pública do Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano uma resposta «ao clamor das mulheres e homens palestinianos que insistem em manter viva a esperança» e «uma forte manifestação de apoio à sua justa causa».
A sessão, com início previsto para as 18h, contará com apontamentos de poesia palestiniana por Maria Emília Castanheira e com diversas intervenções, nomeadamente de Maria do Céu Guerra (presidente do MPPM), de Nabil Abuznaid (embaixador da Palestina) e Augusto Praça (CGTP-IN).
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