O partido de Amílcar Cabral foi fundado a 19 de Setembro de 1956, dando início à luta organizada pela independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde. O PAIGC foi o primeiro movimento de libertação fundado nas colónias portuguesas, pouco meses antes da criação do MPLA, em Angola.
Amílcar Cabral foi o seu dirigente mais destacado, filho de pai cabo-verdiano e de mãe guineense. Depois de estudar agronomia, em Lisboa, regressou à Guiné no início dos anos 1950, onde ajudou a fundar o PAIGC, tornando-se numa das maiores figuras da resistência e combate ao colonialismo português.
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Cabral foi assassinado em Janeiro de 1973, em Conacri, poucos meses antes da declaração de independência da Guiné-Bissau, em Setembro do mesmo ano, com Luís Cabral como primeiro presidente do país. Em 1975 é reconhecida a independência de Cabo Verde, sob a presidência de Aristides Pereira, fundador e secretário-geral do PAIGC.
O partido assinala o seu 60.º aniversário sob uma complexa situação política na Guiné-Bissau, após o golpe militar de Abril de 2012. O seu Comité Central esteve reunido na última sexta-feira para discutir a situação de crise política no país, depois de apelos feitos pelo presidente José Mário Vaz, eleito em 2014, para uma solução política no quadro do acordo alcançado entre os maiores partidos partidos guineenses.
Na conferência de imprensa de apresentação do programa das comemorações dos 60 anos do PAIGC, o secretário nacional, Ali Aljazi, afirmou que o principal objectivo do partido é «tirar o povo guineense da situação de pobreza em que se encontra».
«Os 60 anos têm grande significado na vida de um partido como o nosso que sempre marcou diferença pela positiva em relação a outras formações políticas no país, em África e em todo o mundo», afirmou o dirigente do PAIGC na iniciativa.
As comemorações têm o lema «Setembro vitorioso», sendo a sua Comissão Organizadora presidida por Luís Aníbal Pereira. O partido vai realizar uma Conferência Internacional sobre a Actualidade dos Pensamentos de Cabral, que terá a presença de representantes de «partidos amigos do PAIGC, nomeadamente do MPLA (Angola) e do MLSTP (São Tomé e Príncipe).
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