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Galiza acolhe encontro da Confederação Sindical dos Países de Língua Portuguesa

Nos dias 27 e 28, a Confederação Intersindical Galega (CIG) organiza, em Santiago, o Encontro do Secretariado de Mulheres da CSPLP e um seminário internacional sobre igualdade na negociação colectiva.

Nicolasa Castro e Susana Méndez durante a conferência de imprensa da CIG, a 23 de Setembro de 2024 Créditos / CIG

Em conferência de imprensa, esta segunda-feira, a CIG apresentou o Encontro do Secretariado de Mulheres da Confederação Sindical dos Países de Língua Portuguesa (CSPLP) e o seminário internacional, cuja importância destacou. 

Isto por ser a primeira vez que a Galiza acolhe um encontro da CSPLP, «organização em que estão presentes as principais centrais sindicais de Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor-Leste».

A ideia foi expressa pela secretária das Mulheres, Nicolasa Castro, e a Secretária de Organização, Susana Méndez. «Sindicatos que têm em comum, que partilham, um tronco linguístico, o galego-português, e daí que a pertença a esta comunidade tenha grande importância para a CIG, como organização que defende o direito a viver e trabalhar na nossa própria língua e a sua completa normalização», disse Méndez, citada no portal da central galega.

Susana Méndez afirmou que para a CIG «é um orgulho, enquanto central sindical anfitriã», poder receber na Galiza estas delegações de organizações amigas, com as quais, além da luta pelos direitos dos trabalhadores, «partilha também o aspecto linguístico, para nós de tanta importância».

Encontro do Secretariado de Mulheres

Já Nicolasa Castro informou que no sábado, dia 28, se realiza o Encontro do Secretariado de Mulheres, em que se reunirão 21 representantes dos sindicatos que compõem esta comunidade sindical lusófona, tal como se decidiu na reunião mantida na Cidade da Praia, em Cabo Verde, por ocasião do IX Congresso da CSPLP, em Agosto de 2023.

Durante esta jornada de trabalho terá lugar uma discussão sobre as actividades a realizar no futuro imediato. «Abordaremos os problemas que neste momento exigem uma acção comum, como o genocídio do povo palestiniano ou, numa outra ordem de coisas, as consequências das alterações climáticas e a transição energética a partir de uma perspectiva de género no mundo do trabalho, nos movimentos migratórios, etc., tendo também em conta o papel desempenhado pelos nossos países na ordem internacional», esclareceu Castro.

Seminário Internacional

Por ser um encontro importante, e aproveitando a presença de mulheres de locais muito variados, a CIG decidiu organizar um seminário internacional no dia anterior, 27 de Setembro, que terá como título «Implementação da igualdade através da negociação colectiva e no contexto global».

Este seminário de formação será composto por diversas palestras e painéis de discussão ao longo do dia, nos quais participarão mulheres sindicalistas de quatro continentes para contar «as suas experiências na defesa dos direitos das mulheres trabalhadoras».

Raramente, salientou Castro, «teremos a oportunidade de juntar mulheres de países tão distantes, com experiências tão diversas, unidas, claro, por uma língua comum e pela consciência da necessidade de quebrar as barreiras de género que impedem o progresso, em particular das classes populares».

Castro falou de forma detalhada do programa do seminário internacional, que arrancará às 11h e contará com duas mesas de debate. Numa delas intervirão Amanda Corcino (CUT, Brasil) e Andrea Araújo, da Comissão de Igualdade da CGTP-IN. [Mais informação sobre o programa aqui.]

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