Fontes oficiais informaram ontem que as defesas anti-aéreas do Exército Árabe Sírio repeliram o ataque israelita com mísseis, perpetrado às 23h37 (hora local) de segunda-feira, contra posições militares na localidade de al-Safira, a sudeste da cidade de Alepo.
Fontes militares consultadas pela agência Prensa Latina confirmaram que o ataque visou posições militares sírias e dos seus aliados junto às instalações do Centro de Investigações Científicas e do Complexo Industrial Militar.
Não foram registadas baixas mas a agressão sionista provocou um corte eléctrico geral na cidade de Alepo, em virtude dos danos causados à linha de alta tensão que alimenta esta província nortenha, acrescentaram as fontes.
Em comunicado, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros sublinhou que a agressão sionista coincidiu com os ataques que a Frente al-Nusra lançou contra certas áreas das províncias de Alepo e de Hama a partir da de Idlib, que os terroristas controlam parcialmente, com o apoio dos EUA, da Turquia e de Israel.
A defesa anti-aérea do Exército da Síria fez frente, esta terça-feira à noite, a mísseis israelitas disparados a partir do espaço aéreo libanês contra várias posições no Centro e no Sul do país árabe. «Às 23h36 (hora local) de terça-feira, o inimigo israelita lançou uma agressão a partir do espaço aéreo do Líbano contra vários alvos nas regiões Centro e Sul» do país, informou o Ministério sírio da Defesa, num comunicado divulgado pela agência SANA. Acrescentou que as defesas anti-aéreas interceptaram e derrubaram a maioria dos mísseis hostis, e que apenas se registaram danos materiais. Por seu lado, fontes militares consultadas pela agência Prensa Latina referiram que os alvos atacados se localizam nos arredores da capital, Damasco, e no Sul e Leste da província de Homs. Afirmaram ainda que os ataques israelitas foram sincronizados e que as baterias anti-aéreas nas províncias de Hama e Tartous também entraram em acção para interceptar os mísseis. O governo sírio condenou estas acções e criticou o silêncio das Nações Unidas perante elas, tendo também reafirmado o seu legítimo direito a defender a integridade e soberania dos territórios sírios por todos os meios legítimos, informa ainda a agência cubana. O executivo de Damasco denunciou que estas agressões – mais de 15 este ano e mais de 50 o ano passado, segundo fontes oficiais – fazem parte do apoio directo que é dado aos grupos terroristas, em particular ao Daesh, com o objectivo de desestabilizar novamente as zonas que foram libertadas. Em Abril último, o Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmava em comunicado que as agressões israelitas visam prolongar a guerra contra a Síria, apoiar os grupos terroristas que provocam o caos e impedir que o Exército e os seus aliados derrotem por completo o Daesh, a Hayat Tahrir al-Sham e outras organizações terroristas. Tais ataques – sublinha o texto publicado na sequência de uma agressão sionista perpetrada na madrugada de 8 desse mês – teriam sido impossíveis sem o «apoio generoso» prestado pelas administrações norte-americanas e «o escudo da impunidade que é atribuído a Israel por certos países-membros do Conselho de Segurança». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Exército sírio repele novos ataques aéreos israelitas
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O Ministério sírio alertou Israel para as «sérias repercussões» das suas agressões constantes «sob falsos pretextos», do seu apoio continuado a organizações terroristas e da sua ocupação de terras árabes, incluindo os Montes Golã sírios, informa a SANA.
O texto instou ainda o Conselho de Segurança da ONU a «cumprir as suas obrigações», no quadro da Carta das Nações Unidas, para manter a paz e a segurança mundial, denunciar as agressões flagrantes de Israel e tomar medidas que as impeçam e responsabilizem Israel pelos suas «acções terroristas».
As forças militares de Telavive lançaram centenas de ataques contra território sírio nos últimos anos – só em 2020, Damasco registou perto de uma centena –, que são entendidos como uma forma de reforçar os grupos terroristas, que têm sofrido pesadas derrotas no terreno contra o Exército sírio e os seus aliados, e de procurar desestabilizar áreas já libertadas.
O governo sírio condenou estas acções, bem como o silêncio das Nações Unidas perante elas, e reafirmou o seu legítimo direito a defender a integridade e a soberania do território sírio.
O ataque de segunda-feira à noite foi o primeiro desde que o novo governo israelita, liderado por Naftali Bennett (ex-Lar Judaico, de extrema-direita), entrou em funções, no mês passado.
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