Dois civis morreram e outro ficou ferido, tal como seis soldados sírios, em resultado da agressão levada a cabo por Israel contra a província de Homs (Centro da Síria), informou a SANA. O ataque também provocou danos materiais.
De acordo com a agência, uma fonte militar indicou que, à 1h26 da madrugada, o «inimigio israelita» levou a cabo um ataque com «rajadas de mísseis» lançados a partir do Nordeste da capital libanesa, Beirute, que procuraram atingir «certos locais» na região central do país.
A maioria dos mísseis foi derrubada pelo sistema de defesa anti-aérea, acrescentou a fonte.
O ataque desta madrugada ocorre uma semana depois de Israel ter disparado dois mísseis a partir dos Montes Golã ocupados em direcção a um edifício vazio numa área a sul de Damasco. De acordo com a SANA, um dos mísseis foi derrubado e não foram registadas perdas.
Depois da ajuda prestada aos Capacetes Brancos no sábado, Israel acolheu agora quatro comandantes de grupos terroristas, confrontados com o rápido avanço do Exército sírio na província de Quneitra. O governo israelita ajudou quatro destacados comandantes de forças terroristas e as suas famílias a escapar da Síria, evitando assim que fossem capturados pelas tropas do Exército Árabe Sírio (EAS), que avançam de forma célere na retoma das províncias de Quneitra e Daraa, no Sudoeste do país. Referindo-se a fontes militares de Damasco, a Al-Masdar News e televisões sírias revelaram que os indivíduos em causa são Moaz Nassar e Abu Rateb, ambos da Brigada Fursan al-Golan; Ahmad al-Nahs, do grupo Saif al-Sham; e Alaa al-Halaki, do grupo Jaish Ababeel. De acordo com as fontes, estes indivíduos escaparam da província de Quneitra, com ajuda de Telavive, em direcção aos Montes Golã ocupados por Israel. A Al-Masdar News revela ainda que estas figuras, recrutadas pelos serviços secretos israelitas, mantinham contacto com oficiais israelitas há vários anos. No sábado à noite, forças israelitas transportaram do Sudoeste da Síria para a Jordânia, a pedido dos EUA e de diversos países ocidentais, várias centenas de elementos da chamada «organização humanitária» Capacetes Brancos – a comunicação social aponta para cerca de 800. O governo da Jordânia, que confirmou a chegada dos Capacetes Brancos ao seu território, disse ter aceitado a operação na medida em que o Reino Unido, o Canadá e a Alemanha aceitaram acolhê-los, bem como às suas famílias, indica a PressTV. De acordo com a Al-Masdar News, a operação de evacuação – antes que cheguem as tropas do EAS – foi coordenada entre diversas partes, incluindo os EUA e a Grã-Bretanha – precisamente dois dos países que são acusados de mais investirem nos Capacetes Brancos. A PressTV, referindo como fonte o Times of Israel, afirma que a operação estava a ser preparada há algum tempo, mas que foi acelerada após a cimeira recente da NATO em Bruxelas. Recorde-se que esta entidade que se define a si mesma como uma organização não governamental para apoiar a população síria teve a sua «máscara terrorista» retirada por diversas organizações internacionais. Também o Exército sírio revelou documentos que expõem a sua ligação à Al-Qaeda e que evidenciam o seu papel na encenação de ataques químicos contra civis, com o objectivo de «culpar» Damasco e, assim, justificar ataques e um maior intervencionismo das potências ocidentais. Numa entrevista ao Daily Mail publicada no início de Junho, o presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou que o alegado e muito badalado ataque químico em Douma, na região damascena de Ghouta Oriental, foi encenado conjuntamente pelos EUA e os seus «satélites» França e Reino Unido. Dirigiu, na altura, fortes acusações ao Reino Unido, lembrando que este país «apoiou publicamente» e «gastou muito dinheiro» com os Capacetes Brancos, que são «uma ramificação da Al-Qaeda e da al-Nusra em várias partes da Síria», e foram a organização directamente envolvida na encenação e divulgação do ataque químico em Douma, a 7 de Abril último. Essa montagem, em concreto, serviu de base para que os EUA, o Reino Unido e a França atacassem posições e instalações do EAS uma semana depois, a 14 de Abril, mesmo sem terem qualquer prova do envolvimento de Damasco no alegado ataque químico e apesar de o governo sírio ter reiteradamente refutado as acusações contra si formuladas como «infundadas». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Altos comandos terroristas fogem da Síria com a ajuda de Israel
«Operação de salvamento» dos Capacetes Brancos
«Fachada da Al-Qaeda»
A «encenação de Douma»
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Ao longo deste ano, o comando militar sírio deu conta de mais de três dezenas de agressões perpetradas pelo «inimigo sionista» contra o país. Desde o início da guerra, Israel atacou o território sírio centenas de vezes.
As autoridades israelitas raramente assumiram a autoria dos ataques na Síria, e, quando o fizeram, o pretexto foi quase sempre o de atingir alvos do Irão ou do Hezbollah, que tiveram um papel fundamental na luta contra os grupos terroristas apoiados por potências ocidentais e regionais.
Em Setembro de 2018, numa declaração pouco comum, os militares israelitas admitiram ter realizado mais de 200 ataques na Síria nos 18 meses anteriores, alegando ter destruído «centenas de alvos iranianos».
Ao longo da guerra, Damasco reiterou as acusações de violação da sua soberania e do direito internacional por parte do «inimigo sionista», e foi apresentando provas da ajuda militar, médica e logística que Israel prestou aos grupos terroristas.
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