Numa entrevista a uma agência iraniana, citada pela SANA, Faisal Mekdad, destacou a necessidade de «enfrentar a mentalidade takfiri», as «ideias radicais» que «alimentam o terrorismo na região», e referiu a «importância de mobilizar esforços a nível internacional no combate a esse mal».
A este propósito, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria afirmou que os países que apoiam os grupos terroristas, nomeadamente «os Estados Unidos, o Reino Unido, a França e vários estados no Médio Oriente», deviam parar de interferir nos assuntos internos da Síria e juntar-se à luta contra o terrorismo.
«Devemos centrar os nossos esforços diplomáticos na busca de uma solução para este problema. Os países que querem prolongar o conflito na Síria devem parar de se meter nos nossos assuntos internos e cooperar no combate ao terrorismo», disse Mekdad, citado pela agência SANA.
Batalha de Alepo, ponto de viragem
O diplomata sírio salientou, na entrevista hoje concedida, a importância da libertação de Alepo, «uma vitória histórica» que «estragou os planos dos inimigos da Síria», alterando «o equilíbrio de forças» no país árabe e na região, «como se provou nas conversações de Astana», disse.
Em seu entender, a vitória em Alepo fez evoluir a situação na Síria de forma positiva, representa «uma base para vitórias futuras aos níveis militar, político e diplomático», e ir-se-á reflectir «nos círculos diplomáticos e políticos».
Conversações em Genebra
As declarações do responsável sírio ocorrem a poucos dias do reinício das conversações de paz sobre a Síria na cidade suíça de Genebra. Ontem, no decorrer da 53.ª Conferência de Segurança de Munique, o enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, afirmou que as conversações visam criar uma oportunidade para fazer avançar a resolução da «crise» e que, se Astana foi o local para «estabelecer, estabilizar e reforçar a cessação das hostilidades [não incluindo o Estado Islâmico e a Al-Nusra]», em Genebra «ver-se-á se há espaço para a discussão política», informa a SANA.
De Mistura questionou o papel dos EUA na resolução política do conflito na Síria, acusando os norte-americanos de terem estado ausentes de qualquer esforço de resolução pacífica e instou a nova administração a assumir a sua agenda, pois «está presa a prioridades incompatíveis».
Já hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, disse esperar que a nova equipa do Departamento de Estado norte-americano participe de forma activa na resolução «da crise na Síria», acrescentando que, na cidade alemã de Bona, debateu com o secretário de Estado, Rex Tillerson, a situação do país do Médio Oriente, indica a TeleSur.
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