Suécia entrevistará Julian Assange na embaixada do Equador em Londres

Passados quatro anos sobre o convite do Equador para que a Suécia entrevistasse o fundador da Wikileaks na sua embaixada em Londres, o governo nórdico fez um pedido formal para que tal venha a acontecer.

Julian Assange está retido na embaixada equatoriana em Londres desde 2012 e teme represálias
CréditosDavid G Silvers. chancelaria do Equador

O acordo entre as autoridades do Equador e da Suécia terá sido alcançado durante o mês de Junho, segundo o site RT. Em 2012 o Equador tinha convidado a Suécia para que uma entrevista com Julian Assange pudesse ter lugar na embaixada equatoriana em Londres, mas o governo sueco recusou-o. Até agora.

Assange, jornalista australiano, encontra-se retido nesta embaixada desde 2012, e desde aí a Suécia tem desenvolvido uma longa contenda legal e diplomática com o Equador para que o fundador da Wikileaks fosse extraditado. As autoridades da Suécia alegam querer ouvir Assange por causa de suspeitas de violação, por ele sempre negadas. O jornalista teme sofrer represálias, em particular dos EUA, devido aos documentos confidenciais que o seu site tornou públicos.

O Equador, pressionado pela Suécia, EUA e Reino Unido, não cedeu e não entregou Assange. Em citação a Telesur afirma que «o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Equador reitera o seu compromisso com a garantia de asilo a Julian Assange dada em Agosto de 2012, e reafirma que a protecção dada pelo Estado Equatoriano deve continuar enquanto persistem as circunstâncias que conduziram à garantia de asilo, nomeadamente o medo de perseguição política».

Recentemente a Wikileaks tornou públicos os emails que demonstraram que a direcção do Partido Democrata dos EUA favoreceu a candidata Hillary Clinton na nomeação para as eleições de Novembro à presidência dos EUA, em detrimento de Bernie Sanders.

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