A decisão, anunciada na última quinta-feira por Nguyen Xuan Phuc, o primeiro-ministro do Vietname, perante a Assembleia Nacional, é tomada na sequência da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas. Num vídeo publicado no início da semana, Trump disse que a sua equipa está a preparar uma «notificação de saída da Parceira Transpacífico [TPP, na sigla em inglês]» logo que assuma a presidência.
«Não há condições para apresentar o TPP a ratificação pela Assembleia Nacional, depois dos EUA anunciarem a sua saída», afirmou o primeiro-ministro vietnamita, revela a RT. O anúncio é feito poucos dias depois da passagem do ainda presidente dos EUA, Barack Obama, pelo país, na sua última visita oficial.
«Estamos preparados para cooperar com os EUA, desde que sejam respeitadas a independência e a integridade territorial», disse Phuc. O Vietname já integra outros acordos comerciais bilaterais, nomeadamente com a China e o Japão, ou multilaterias, como no âmbito da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático, de que é membro) ou com a União Audaneira da Eurásia (que integra a Rússia, a Biolerrússia, a Arménia, o Cazaquistão e o Quirguistão).
O TPP já foi ratificado na câmara baixa do parlamento japonês, apesar de fortes críticas dos principais partidos da oposição ao governo de Shinzo Abe, o Partido Democrático e o Partido Comunista Japonês.
A Parceria Transpacífico é um acordo de livre comércio assinado em Fevereiro deste ano por 12 países: a Austrália, o Brunei, o Canadá, o Chile, os Estados Unidas da América, o Japão, a Malásia, o México, a Nova Zelândia, o Peru, Singapura e o Vietname.
Tal como acontece na Europa com o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP, na sigla em inglês), o TPP tem sido muito criticado em vários países signatários, como no Japão e na Malásia.
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