Numa nota à imprensa, a estrutura de utentes considera que o «esclarecimento», prestado a 30 de Outubro pela autarquia sobre o fecho do Serviço de Atendimento de Situações Urgentes (SASU) do Centro de Saúde Soares dos Reis, não é mais «do que uma tentativa, aliás canhestra, de desmobilização dos gaienses relativamente a este problema», estando «eivado de falhas por omissão e inexactidões».
Entre outros exemplos, o MUSP afirma que «não é verdade que as obras no edifício que acolhia o SASU, a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), vulgo Centro de Saúde, e Unidades de Saúde Familiar (USF) estejam em curso».
Por outro lado, sublinha, «não se sabe se as obras foram já adjudicadas (por concurso ou ajuste directo) nem a data do seu início», o que leva a crer que a indicação do prazo de seis meses para a sua conclusão não passa de uma «promessa».
Os utentes criticam também o facto de a Câmara Municipal de Gaia omitir informação sobre a UCSP, também ela transferida, e sobre a deslocalização do SASU dos Carvalhos, realçando que o esclarecimento da autarquia surge na sequência «da luta dos populares para impedir o encerramento de equipamentos de saúde», e que, até à data, o assunto não foi colocado nos órgãos autárquicos.
A 19 de Outubro, os utentes do Centro de Saúde Soares dos Reis realizaram uma concentração de protesto à porta da unidade, em resposta ao seu fecho súbito, tendo apenas um papel na porta a direccionar as pessoas para a nova unidade de Saúde em Vilar de Andorinho, inaugurada a 1 de Outubro, onde as mais de 300 mil pessoas a viver no concelho passam a ter os serviços concentrados.
O MUSP insiste no regresso dos serviços às localizações originais e apela à população para que continue a lutar nesse sentido, tendo em conta os «enormes transtornos» que a actual solução está a provocar.
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