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Utentes da Linha de Sintra reclamam mais comboios

Numa carta aberta dirigida ao ministro das Infraestruturas, a Comissão de Utentes da Linha de Sintra reivindica mais comboios, salientando que a necessidade de aumentar a oferta é prévia à pandemia.

Créditos / CP

«São precisos mais comboios a circular!» É com este repto que a Comissão de Utentes inicia a missiva enviada ao ministro Pedro Nuno Santos, na qual se recorda que a necessidade de aumentar a oferta nos transportes ferroviários de Lisboa se coloca desde o alargamento do passe social intermodal e redução tarifária, medidas que levaram a uma maior utilização dos transportes públicos na área metropolitana.

Com a pandemia, e a necessidade de reduzir a lotação de todos os meios de transporte, o que era uma necessidade tornou-se um imperativo.

A estrutura afirma que, desde a reunião tida no início do ano com a tutela, estão identificadas as medidas que podem e «têm que ser adoptadas» para se aumentar a oferta na CP Lisboa. A par da «recuperação dos oito comboios que estavam há anos a ser canibalizados», os utentes admitem que «não há alternativa» à compra e entrada em funcionamento de novo material circulante. 

Desde logo, afirmam, porque «é necessário substituir toda a frota de Cascais com a modernização da infra-estrutura». Depois, «porque é necessário alargar ainda mais a oferta na CP Lisboa», e isso, sustentam, «só é possível com novo material circulante». 

A Comissão vê com bons olhos o anúncio, por parte do Governo, da compra de material circulante para o serviço urbano, mas alerta que, por enquanto, não passa disso mesmo, uma vez que até ao momento não foi lançado qualquer concurso nem adquirido nenhum comboio. 

«É lamentável o arrastamento destes processos durante anos», critica, sublinhando que «todos os concursos e processos de aquisição de material circulante, lançados nos últimos 20 anos, acabaram por ser cancelados», e que, desde a anterior legislatura, o Governo do PS não comprou «um único» comboio.

A Comissão de Utentes reivindica ainda o investimento numa nova ligação ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e o Porto, a fim de libertar a Linha da Azambuja para o serviço urbano. A «possível inclusão» deste investimento como uma prioridade nos planos ferroviários nacionais é encarada pelos utentes como um avanço, embora lamentem a «inaceitável lentidão destes processos» e, principalmente, da sua concretização.

Insistem que os anúncios «têm sido muitos» e que é tempo de sentirem melhorias na oferta ferroviária.

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