Na nota que enviaram às redacções esta sexta-feira, os comunistas indicam que a equipa de urgência de ginecologia e obstetrícia do Hospital de Faro, que integra o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), «deveria ser constituída por, pelo menos, quatro médicos».
No entanto, de acordo com informação chegada ao grupo parlamentar do PCP, «esse número mínimo de médicos não está a ser assegurado», refere a nota, dando como exemplo disso o facto de que, «no turno das 20h30 do dia 6 às 8h30 do dia 7 de Setembro, apenas se encontravam de serviço duas médicas especialistas de ginecologia e obstetrícia».
«Tal circunstância pode colocar em causa a integridade física e o direito à vida das parturientes e dos nascituros», alertam os comunistas, que denunciam que, nos dias 6, 7 e 8 de Setembro, «devido à escassez de elementos médicos, apenas foram garantidos os serviços mínimos no Bloco de Partos do Hospital de Faro».
Isto levou a que «todas as grávidas e todas as patologias obstétricas e ginecológicas do concelho de Albufeira fossem encaminhadas para o Bloco de Partos do Hospital de Portimão e que as grávidas de termo que se encontravam em situação de trabalho de parto na Maternidade de Faro, em condições de serem transferidas, fossem transferidas também para o Hospital de Portimão», lê-se na nota.
«Estão são situações inaceitáveis, devendo o Governo agir, de forma diligente, para garantir que o Centro Hospitalar Universitário do Algarve é dotado de recursos humanos adequados ao seu normal funcionamento», defende o grupo parlamentar do PCP.
Neste sentido, os deputados Paulo Sá e Carla Cruz questionaram o Executivo, através do Ministério da Saúde, com o intuito de saber a frequência com que se têm verificado estas situações e que medidas o Governo está a tomar para garantir um número adequado de elementos médicos nos blocos de partos dos hospitais de Faro e Portimão.
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