Segundo as contas anuais divulgadas esta sexta-feira, o grupo CGD tinha no final de Dezembro, na actividade em Portugal, 7100 funcionários, o que compara com os 7675 que tinha em final de 2018. Ou seja, menos 575 empregados em termos líquidos (cerca de 670 saídas face a cerca de 100 contratações).
Esta redução de funcionários está em linha com as afirmações que o presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, fez ao longo do ano passado sobre as saídas de pessoal previstas no total de 2019, realizadas através de pré-reformas, não renovação de contratos a termo e as chamadas «rescisões por mútuo acordo».
O plano de reduzir trabalhadores e fazer desaparecer a insígnia do banco público numa boa parte do território nacional, segue de acordo com as imposições de Bruxelas aquando da autorização para a sua recapitalização.
Até Setembro do ano passado existiam 510 agências da CGD. Para chegar aos objectivos definidos pela Comissão Europeia ainda terão de fechar entre 20 a 40 balcões, uma vez que o plano de reestruturação prevê que a CGD tenha entre 470 e 490 agências, em 2020, deixando assim de representar a maior rede de balcões (em 2016 eram 717).
Desde 2016, conforme informação avançada ontem pelo administrador financeiro da CGD, José de Brito, o grupo bancário já reduziu em 20% o número de trabalhadores. Em 2020, a expectativa é que, em termos líquidos, saiam 470 trabalhadores.
O banco público divulgou ainda lucros de 776 milhões de euros, em 2019, o que constitui um aumento de 57% face aos 496 milhões de euros registados em 2018. O «escandaloso aumento no valor das comissões», criticado pelos utentes, sobretudo por afectar os de menores recursos, foi um importante contributo para aumentar os lucros da CGD.
Entretanto, Paulo Macedo regozija-se com o facto de o plano ter vindo a ser cumprido, frisando que «o previsto para este ano é que se volte a cumprir».
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