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Chefias militares: mudam-se os tempos mas não as vontades

O Presidente da República empossou os almirantes Silva Ribeiro e Mendes Calado nos cargos de chefes do Estado-Maior General das Forças Armadas e do Estado-Maior da Armada, respectivamente.

Estas nomeações surgem num quadro em que as Forças Armadas continuam a navegar num mar de problemas e, na estrutura militar, parece existir algum cepticismo quanto às condições que os empossados têm para as resolver.

E estas dúvidas não surgem apenas em relação aos problemas de ordem social ou sócio-profissional, nomeadamente da reconstituição das carreiras, mas sim a questões de natureza estrutural, que se reflectem na capacidade da instituição militar, nomeadamente ao nível do recrutamento, da formação, do treino e do produto operacional final.

Há quem dê os exemplos da preocupação das chefias militares em torno de aspectos como o combate aos incêndios, a vigilância das matas e das praias, qual fuga para a frente, e vislumbre o acentuar de acções mediáticas em torno das missões complementares das Forças Armadas, em detrimento da sua missão primária.

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