Na iniciativa, para além da apresentação dos resultados do projecto Valorizar a Agricultura Familiar, haverá uma sessão sobre os 45 anos de actividade da CNA, seguida de um almoço de confraternização com agricultores e amigos da confederação.
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) reage à mudança de nomes no Governo frisando a necessidade de reforçar o Ministério e garantir «outras e melhores» políticas. São muitos e agravados os problemas com que se depara o sector agro-florestal e o mundo rural, desde os custos de produção, que, critica a CNA num comunicado, continuam «altíssimos», ao desmantelamento do Ministério da Agricultura, com a passagem das direcções regionais de agricultura e pescas para as comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR). A estas queixas junta-se agora a aplicação do Plano Estratégico Nacional da Política Agrícola Comum (PEPAC), que no entender da Confederação comporta «mais exigências e penalizações para os pequenos agricultores». Neste sentido, e perante a substituição do titular da pasta da Secretaria de Estado da Agricultura, a CNA defende que, mais do que mudanças de nomes, são necessárias mudanças nas políticas para o sector, marcado pela forte quebra de rendimento dos agricultores. «Está mais do que na altura de o Governo resolver os problemas que tanto afectam o sector agrícola, de forma a melhorar o rendimento dos agricultores, a aumentar a produção nacional, garantindo alimentos acessíveis à população e a soberania alimentar do País», realça. No congresso realizado em Novembro passado, a CNA apresentou 12 medidas «urgentes e estruturais» para as exigências manifestadas, nomeadamente o combate aos elevados custos dos factores de produção, a plena concretização do estatuto da agricultura familiar e o combate à concentração da terra e à especulação em torno de usos não agrícolas. «A mudança de rostos deve ser, pois, entendida como uma oportunidade para mudar de política e não para, como afirmou o primeiro-ministro, insistir na mesma política», insiste a Confederação, que volta a apelar à integração das florestas e do desenvolvimento rural no Ministério da Agricultura, e que este seja «forte, operativo, com meios e recursos». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Nacional|
CNA. Mais do que substituir titulares, agricultura precisa de outra política
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A CNA, «organização dos pequenos e médios agricultores, dos compartes e do Mundo Rural», nasceu em Coimbra a 26 de Fevereiro de 1978, durante o Encontro das Organizações da Lavoura e dos Agricultores do Minho, Douro, Trás-os-Montes e Beiras, onde foi também aprovada a Carta da Lavoura Portuguesa.
Melhor estaria a Agricultura, defende a organização, «se os sucessivos governos tivessem ouvido a nossa voz, cumprindo a Carta da Lavoura e das propostas que ao longo destes anos – sempre com os agricultores – continuamos a discutir, a actualizar e a reclamar».
«As agricultoras e os agricultores podem contar com a CNA e as organizações nela filiadas, em defesa da Agricultura Familiar e da Soberania Alimentar e por um Mundo Rural Vivo!».
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