Tendo em conta que foi o único candidato e que, desde 2008, os deputados do PSD deixaram de poder votar contra um candidato único, Negrão foi eleito. De acordo com a Lusa, desde 2008 que todos os líderes parlamentares (Aguiar-Branco, Miguel Macedo, Luís Montenegro e Hugo Soares) foram eleitos com percentagens entre os 85% e os 98%.
Fernando Negrão, que teve agora o beneplácito da nova direcção do seu partido, já tinha sido o candidato do PSD e do CDS-PP à presidência da Assembleia da República, em 2015. Na altura, foi derrotado pelo actual presidente, Eduardo Ferro Rodrigues (PS), representando o primeiro acto institucional da derrota política do PSD e do CDS-PP.
O deputado recolheu 35 votos entre os seus 89 colegas de bancada; 32 votaram em branco, 21 anularam e um não votou. Inicialmente tinha colocado a fasquia em 50% mais um voto, em entrevista ao Observador, mas ontem já recuou na ambição.
Na primeira declaração pública, lamentou ainda nem sequer ter reunido os votos de todos os integrantes da sua equipa (37), mas procurou justificar-se de uma forma inovadora: para Fernando Negrão, os votos em branco são «uma espécie de benefício da dúvida», e contou-os no seu pecúlio.
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