A semana de luta do ensino secundário, organizada pelo Movimento Voz aos Estudantes, decorreu entre os dias 18 e 22 de novembro, mobilizando milhares de estudantes de norte a sul do país em defesa da escola pública, gratuita, democrática e de qualidade.
Entre as principais reivindicações estiveram o reforço do financiamento da escola pública, o aumento do número de professores, psicólogos e funcionários, obras em infraestruturas degradadas, a gratuidade dos materiais escolares, melhorias nos transportes públicos, o fim dos exames nacionais e a redução da sobrecarga horária, especialmente na via profissionalizante.
A mobilização começou no dia 18 de Novembro, com ações marcadas por concentrações e manifestações em escolas como a Escola Secundária da Lousã, em Coimbra. Nos dias seguintes, a adesão cresceu, estendendo-se a escolas de várias regiões, incluindo a Escola Artística Soares dos Reis, no Porto, e a Escola Secundária Bernardino Machado, também em Coimbra. Na recta final da semana, instituições de ensino como a Escola Secundária de Camões, em Lisboa, e a Escola Secundária José Afonso, em Setúbal, destacaram-se pelas acções de grande dimensão, que reforçaram o carácter nacional da iniciativa.
No último dia, 22 de Novembro, destaca-se a Escola Secundária de Amares, em Braga, onde os estudantes iniciaram a manhã com uma concentração, e a Escola Artística António Arroio, em Lisboa, que encerrou a semana com um protesto à tarde. Em paralelo, oficinas de cartazes e estendais reivindicativos foram promovidos em outras instituições, dando voz à criatividade dos alunos na sua luta por mudanças concretas
Em comunicado, o Movimento Voz aos Estudantes afirmou que esta semana de luta foi um marco na história recente da mobilização estudantil. «Os estudantes mostraram que estão atentos e dispostos a lutar pela escola a que têm direito. A educação pública precisa de mais investimento e de ser valorizada», declararam. O movimento reforçou ainda a insatisfação com as promessas não cumpridas pelos sucessivos governos e lembrou que «a escola que Abril prometeu ainda está por cumprir».
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