Em Setembro, os últimos resultados divulgados, os cinco principais bancos tinham 2680 balcões em Portugal, menos 349 do que no final de 2016.
A maior redução no número de balcões aconteceu na Caixa Geral de Depósitos (CGD), que fechou 129 agências entre Janeiro e Setembro, no âmbito do plano de reestruturação imposto por Bruxelas, contando no final do terceiro trimestre com 588 agências.
Também o BPI fechou mais de cem agências este ano. O banco, agora detido pelo espanhol Caixabank, tinha 434 balcões em Portugal em setembro, menos 111 do que em dezembro do ano passado.
Já o Santander Totta fechou 67 balcões, tendo o banco de origem espanhola 575 balcões em Portugal em Setembro. Isto antes da integração dos 100 balcões do Banco Popular Portugal, que, entretanto, recebeu.
Por fim, o Novo Banco, recentemente entregue ao fundo abutre Lone Star, fechou 58 balcões este ano – tendo em Setembro 449 – e o BCP 29, tendo então 589 agências.
1300 bancários forçados a sair
Quanto a trabalhadores, mais de 1300 saíram entre Janeiro e Setembro destes bancos, a maioria em rescisão por mútuo acordo e reformas antecipadas.
A maior vaga aconteceu no Novo Banco, com a saída de 390 bancários, seguindo-se o BPI, de onde saíram 347.
A terceira maior redução de pessoal aconteceu na CGD, com menos 298 trabalhadores, enquanto no Santander Totta saíram 269 pessoas nos primeiros nove meses do ano.
No BCP a redução foi menor este ano: 52 trabalhadores.
No total, no final de Setembro, os cinco principais bancos que operam em Portugal tinham 31 813 trabalhadores na atividade em Portugal.
Despedimentos prosseguem
Contudo, a diminuição de pessoal continuou nos últimos três meses deste ano.
Desde logo, tanto a CGD como o BPI avisaram que mais 250 funcionários iam sair este ano de cada banco, no total de 500, e os outros bancos também admitiram que as saídas eram para continuar, ainda que a um ritmo menor.
Assim, no total, deverão sair este ano quase 2000 trabalhadores dos cinco principais bancos que operam em Portugal, um valor semelhante ao número de funcionários que saíram das mesmas instituições em 2016.
Para os próximos anos, os fechos de balcões e saídas de pessoal também deverão continuar tendo em conta a evolução do negócio bancário e a vontade dos bancos de reduzirem custos e subirem receitas. Os próprios presidentes dos principais bancos admitiram em Novembro, no Fórum Banca, que a «reestruturação» vai continuar.
Significativa redução de estrutura nos bancos portugueses
Entre 2011 e 2016, segundo o Banco de Portugal, diminuiu em 1852 o número de balcões bancários para 4454 no final de Dezembro de 2016.
Somando a este número a redução de agências feitas este ano só nos principais bancos, nos últimos seis anos houve a diminuição de 2201 em Portugal.
Já de trabalhadores, saíram dos bancos a operar em Portugal 11 mil entre 2011 e 2016, para 46 069 no final do ano passado.
Já com o número de saídas deste ano, nos últimos seis anos, a redução de pessoal nos bancos a operar em Portugal deverá chegar a 13 mil funcionários.
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