Segundo o EMGFA, o militar foi ferido durante «um incidente no decorrer da sua actividade operacional, na região de Mobaye», e está a ser transportado de Bangui, capital da República Centro-Africana, «para território nacional, por uma aeronave C-130, com tripulação reforçada e uma equipa médica a bordo, da Força Aérea Portuguesa, tendo em vista receber os cuidados adequados no Hospital das Forças Armadas».
O militar do Exército encontra-se «ao serviço da Organização das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA)».
«Reitera-se que o militar apenas apresenta um ferimento no braço esquerdo e foi acompanhado em permanência por médicos militares, desde o momento do incidente até ao presente, assim como se releva a capacidade das Forças Armadas em evacuar oportunamente os seus militares de qualquer teatro de operações», lê-se num comunicado do EMGFA.
A força portuguesa que integra a MINUSCA é constituída por 160 militares - 156 do Exército, entre os quais 111 Comandos, e quatro da Força Aérea.
O contingente português, actualmente empregue como Força de Reação Rápida do comandante da missão da Organização das Nações Unidas, será rendido em Agosto.
A República Centro-Africana, com 4,5 milhões de habitantes, vive desde 2013 um conflito civil entre a coligação rebelde seleka, maioritariamente muçulmana, que depôs o então Presidente, François Bozizé, e a milícia anti-balaka, que é na sua maioria cristã.
O país é um dos maiores exportadores mundiais de diamantes, particularmente com destino aos Emirados Árabes Unidos, à União Europeia e a Israel, através de comércio e tráfico. O valor de diamantes declarados, por exemplo na Bélgica, como provenientes da República Centro-Africana superam largamente toda a produção declarada do país, que conquistou a independência em relação à França em 1960.
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