A Federação Portuguesa do Táxi (FPT) critica o projecto de lei do PSD, que é discutido esta tarde na Assembleia da República, e que «estabelece o regime jurídico da actividade de transporte público de aluguer em veículos automóveis ligeiros de passageiros (táxi)», pretendendo revogar a legislação em vigor.
A FPT, em comunicado, apelida-o de «segundo capítulo político-ideológico de entrega do mercado da mobilidade às multinacionais», em desrespeito pela economia nacional e pela vida dos motoristas de táxi, considerando uma «aberração» defender o fim da contingentação da frota de táxi, com o argumento que isso significaria «atirar para a falência 30 mil profissionais e suas famílias».
Em reacção ao preâmbulo, onde se refere que o sector do táxi é regido por «disposições que datam mais de duas décadas», a FPT esclarece que, em vez de um «instrumento de modernização», o projecto de lei do PSD «é, apenas e muito, uma tentativa de desregular uma actividade económica, que de facto precisa de novos caminhos mas não de uma sentença de morte».
Relativamente a acabar com a cor padrão verde-preto, como prevê o grupo parlamentar do PSD, a federação diz que se trata de uma ideia «acéfala», sublinhando que «destruir um símbolo, identidade cultural de um País em nome de coisa que ainda está por explicar (mas merece especulação) nada tem a ver com a valorização do património que um digno deputado deve defender».
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