|salários em atraso

CGTP-IN exige intervenção do Governo na Soares da Costa

Os trabalhadores da Soares da Costa estão há mais de dois anos à espera dos salários em atraso da construtora, sobre a qual a Intersindical Nacional quer uma intervenção urgente do Governo.

Foto de arquivo: trabalhadores da Soares da Costa concentrados junto ao Tribunal do Comércio, em Vila Nova de Gaia, em protesto contra os salários em atraso. 7 de Novembro de 2017
Créditos / SITE Norte

«Tem de haver uma intervenção urgente do Estado, porque o processo da Soares da Costa tem de ser clarificado e resolvido, sem mais arrastamentos, pois os trabalhadores não aguentam esperar mais», afirmou ontem Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN, depois da reunião com a secretária de Estado da Indústria, Ana Teresa Lehmann.

A notícia é avançada pela Lusa, que foi informada que a reunião teve como objectivo informar o Governo sobre as dificuldades que os trabalhadores da Soares da Costa estão a passar e perguntar se os créditos da construtora em Angola fazem parte da lista que o Governo angolano assumiu ao Executivo português que ia regularizar.

A administração da Soares da Costa afirma que está a tentar resolver o problema e, depois da questão dos processos de impugnação levantados por vários credores, alega que o entrave são dificuldades em transferir dinheiro vindo de Angola.

«Queremos saber qual vai ser o futuro da empresa, quando vão ser pagos os créditos aos trabalhadores e queremos medidas sociais para os que estão prestes a esgotar o subsídio de desemprego e para os que têm condições para se reformar», frisou Arménio.

Segundo o secretário-geral da CGTP-IN, a secretária de Estado da Indústria ficou de contactar o gabinete de António Costa, tendo sido ainda requerida a marcação de uma reunião urgente entre o ministro do Trabalho e os representantes dos 1000 trabalhadores em causa. A estrutura sindical defende que os trabalhadores, com uma longa carreira contributiva, devem poder reformar-se logo sem penalizações.

A situação prolonga-se desde 2016, com consequências dramáticas para a vida de quem não recebe aquilo que lhe é devido, o que já levou centenas de trabalhadores a suspenderem os contratos de trabalho, face aos salários em atraso que vão até dois anos no total.

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