Numa conferência de imprensa realizada esta quarta-feira, na confluência da A23 com a A13, as comissões de utentes denunciaram que a existência de portagens nestas vias representa um entrave ao desenvolvimento social e económico, não contribuindo para a coesão territorial.
«Estamos numa zona servida por duas vias rápidas, o IP6 (nunca concluído para Oeste) depois baptizado como A23, e o IC3 depois baptizado como A13. As auto-estradas, agora com portagens, ocuparam as anteriores vias sem que haja alternativas rodoviárias viáveis e com a quase inexistência de transportes públicos», lê-se no documento distribuído ontem.
Além da falta de alternativas, os utentes dizem ser os que mais pagam por quilómetro em Portugal, em comparação com rodovias semelhantes, com a agravante de tanto a A23 como o IC3 serem «fundamentais» no acesso a cuidados de saúde prestados nos três hospitais que constituem o Centro Hospitalar do Médio Tejo (Abrantes, Santatém e Torres Novas).
As comissões de utentes afirmam que a «raiz do problema» está nas «parcerias público-privadas rodoviárias, nos constrangimentos financeiros externos e num planeamento estratégico que, a curto e médio prazo, prejudica as populações do Interior e as suas actividades, por muito que se proclame o contrário».
A petição será agora enviada ao ministro das Infraestruturas, aos grupos parlamentares da Assembleia da República e aos eleitos autárquicos do Médio Tejo.
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