Em duas missivas, ontem enviadas ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e ao presidente do Conselho de Segurança, Koro Bessho, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria condena de forma veemente as «atrocidades cometidas contra civis» pela coligação liderada pelos Estados Unidos.
O Governo sírio exigiu ainda que os responsáveis sejam levados perante a justiça e pediu às Nações Unidas que tome medidas imediatas contra a coligação ocidental, impedindo-a de levar por diante mais ataques aéreos no seu território, informou a agência noticiosa SANA, que a PressTV refere.
As cartas foram enviadas na sequência de um ataque aéreo, executado esta quinta-feira, sobre a localidade de al-Ghandour, a 23 quilómetros da cidade de Manbij, que tem sido palco de grande violência, na província de Alepo. De acordo com informações oficiais, 45 civis foram mortos e estima-se que outros 50 tenham ficado feridos.
O massacre de civis em al-Ghandour, perpetrado pela aviação da coligação ocidental liderada pelos norte-americanos, é o mais recente de vários levados a cabo por esta estrutura militar no Norte da Síria. No dia 23 de Julho, pelo menos 15 pessoas morreram na sequência dos ataques sobre a aldeia de al-Nawajah, a leste de Manbij; no dia 20, um outro ataque aéreo matou 120 civis em Tukhan al-Kubra, a norte da cidade de Manbij; no dia anterior, a coligação militar matou pelo menos 20 civis na cidade de Manbij.
Nas cartas, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros criticou, mais uma vez, o apoio incessante da França, dos EUA, da Turquia, da Arábia Saudita e do Qatar aos grupos da «oposição moderada», que se configura como apoio aberto à devastação e ao caos criados pelos terroristas no mundo, especificamente na Síria.
Para as autoridades sírias, qualquer campanha antiterrorista no país estará condenada ao fracasso se não for coordenada com o governo, de acordo com o direito internacional e a Cartas das Nações Unidas.
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