A deputada do PSD anunciou a sua decisão ao líder parlamentar após ter sido confrontada ontem, pelo Observador, e ter assumido ser responsável pelo voto fantasma do seu colega de bancada, o ex-secretário-geral do PSD Feliciano Barreiras Duarte.
Este caso soma-se a outros, todos na bancada do PSD, de registos falsos por parte de deputados. O sucessor de Barreiras Duarte, José Silvano, foi o primeiro a ver surgirem denúncias de presenças registadas em plenários a que não assistiu, a que se juntaram episódios envolvendo Duarte Marques e José Matos Correia – secretário-geral do PSD durante a presidência de Passos Coelho.
Mercês Borges deixa a presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Electricidade, que passa para Emídio Guerreiro, e a coordenação do grupo parlamentar do PSD na comissão de Trabalho. No entanto, mantém o lugar de deputada.
Em declarações ao Observador, a deputada disse ainda não ver problema em ter registado Barreiras Duarte para votar, mesmo estando ausente, por estar convencida de que o colega pretendia votar. Acrescentou já ter feito o mesmo «muitas vezes por vários colegas».
Apesar da sucessão de casos de registos falsos de deputados, estes são circunscritos ao grupo parlamentar do PSD – desmentindo as tentativas de generalização de comportamentos fraudulentos a todos os titulares de cargos públicos.
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