Na segunda-feira, a Al-Masdar News publicou fotos exclusivas de bombardeiros russos de longo alcance Tu-22M3 na base aérea de Hamadan, no Irão. No dia seguinte, tanto o Ministério da Defesa russo como o Conselho Supremo de Segurança Nacional iraniano confirmaram a realização dos primeiros bombardeamentos sobre alvos do Estado Islâmico (EI) na Síria a partir da base iraniana.
Até agora, os bombardeiros Tu-22M3 partiam da base aérea de Modzok, no Sul da Rússia, tendo de percorrer uma distância de cerca de 2000 km até alcançar o espaço aéreo sírio. O acordo recentemente assinado com o Irão irá permitir à Rússia encurtar essa distância para 700 km, o que terá consequências ao nível da redução de custos e da eficácia dos ataques aéreos, referem a RT e Al-Masdar News.
Quanto à base aérea de Khmeimim (província síria de Latáquia), utilizada pelas forças russas nos ataques contra as forças jihadistas desde Setembro de 2015, não tem as dimensões e as características necessárias para os grandes e pesados Tu-22M3. Num futuro próximo, isso poderá vir a mudar, já que Damasco deu a Moscovo a autorização para ter uma base militar permanente em Khmeimim, e a Força Aérea Russa já se está a preparar para realizar obras de modernização da actual base aérea.
Maior cooperação entre a Rússia e o Irão
O acordo militar entre o Irão e a Rússia relativo à utilização da base aérea de Hamadan, que permite intensificar os ataques contra as estruturas do EI e da Frente al-Nusra nas províncias sírias de Alepo, Idlib e Deir ez-Zor, enquadra-se no aprofundamento da «cooperação estratégica» entre os dois países «na luta contra o terrorismo na Síria», afirmou à agência IRNA, esta terça-feira, o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional iraniano, Ali Shamkhani.
Entretanto, o primeiro-ministro iraquiano anunciou na terça-feira que os bombardeiros e caças-bombardeiros russos podiam cruzar o espaço aéreo do país, com a condição de usarem determinados corredores, não voarem sobre cidades iraquianas e «realizarem ataques precisos», reporta a PressTV.
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