Cerca de dois milhões de pessoas juntaram-se, hoje, na Praça Sabin, em Saná, exibindo grandes bandeiras do Iémen e faixas contra a Arábia Saudita. Este país acolheu o antigo presidente iemenita Abd Rabbuh Mansur Hadi, que se demitiu em Janeiro de 2015, e lançou em seguida um feroz campanha contra o Iémen.
Clamando palavras de ordem contra o regime da Casa de Saud e afirmando que jamais se renderão, os manifestantes cantaram temas patrióticos e deixaram claro o seu apoio ao Supremo Conselho Político, formado na sequência do fracasso das conversações de paz, noticiam a PressTV e a HispanTV.
Na sequência da formação do Supremo Conselho Político, o Parlamento do Iémen celebrou este mês a sua primeira sessão desde o início da ofensiva saudita, e, no sábado passado, os parlamentares deram o seu aval à criação do conselho, que tem como propósito governar o país.
A decisão de criar este órgão foi tomada, no final de Julho, pelo movimento Ansarullah e pelo Congresso Geral do Povo, do antigo presidente Ali Abdullah Saleh. No dia 6 de Agosto, a decisão foi formalizada num comunicado conjunto em que ambas as partes anunciaram que cada qual teria dez membros no conselho.
Unidade e apoio
Os organizadores da manifestação afirmaram que os iemenitas vão permanecer unidos face à agressão saudita, que já dura há 16 meses. Também criticaram o silêncio e a atitude da comunidade internacional e das Nações Unidas relativamente aos crimes que o regime saudita comete no país.
O presidente do partido Baas ieminita, Mohamad al-Zobairi, sublinhou a importância da criação do Supremo Conselho Político, enquanto a presidente da União das Mulheres do Iémen, Fathia Mohamad Abdullah, afirmou que a formação do conselho é um passo importante para alcançar o consenso nacional e fazer frente à agressão saudita, refere a HispanTV.
Ataques aéreos sauditas aumentam
Com a formação do conselho, a Arábia Saudita incrementou os ataques aéreos no Iémen, sobretudo na capital, Saná. Estes ataques ocorrem com uma frequência quase diária desde o início da ofensiva, em Março de 2015. Fontes iemenitas referem que a ofensiva saudita já fez mais de 10 mil vítimas.
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