Depois de se ter estreado no Porto em Outubro do ano passado, esta peça, que «mais do que política, é sobre a vida em comum», chega agora a Lisboa para três apresentações: sexta-feira e sábado, às 21h, e domingo, às 17h30.
Quando se estreou, no Porto, Luís Araújo explicou tratar-se de uma peça sobre «a nossa incapacidade de lidar com os outros, com a ambição dos outros face à nossa própria ambição».
Feita a partir da obra de William Shakespeare, numa coprodução do Ao Cabo Teatro com o São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa, e o Teatro Nacional São João, no Porto, A tragédia de Júlio César tem interpretação de Ana Brandão, Ana Margarida Mendes, Ana Pinheiro, Carolina Rocha, Diana Sá, Gonçalo Fonseca, Jorge Mota, Luís Araújo, Maria Inês Peixoto, Miguel Damião, Nuno Preto, Pedro Almendra e Rafaela Sá.
A passagem deste espectáculo por Lisboa tem a particularidade de contribuir para homenagear o actor Bruno Candé, morto a tiro no passado dia 25 de Julho, após ter sido alvo de comentários racistas.
Na sexta-feira, 18 de Setembro, dia em que o actor faria 40 anos, as receitas dos espectáculos apresentados em vários espaços culturais de Lisboa e do Porto – como é o caso desta peça – revertem para a sua família.
Além do Teatro São Luiz, também os teatros Nacional D. Maria II, Maria Vitória, Maria Matos e do Bairro Alto, em Lisboa, assim como o espaço CAL - Primeiros Sintomas e Teatro Municipal do Porto estão entre os que entregam as receitas de bilheteira de sexta-feira, 18, à família de Bruno Candé.
No Teatro da Politécnica, a companhia Artistas Unidos, aí residente, decidiu duplicar o número de sessões, nessa data, para as 19h e as 21h30, com o mesmo fim.
Bruno Candé deixou três filhos entre os dois e os seis anos.
Com agência Lusa
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