A peça As três irmãs, de Anton Tchekhov, concebida e dirigida por Carlos Pimenta, e Autópsia, a mais recente criação da coreógrafa Olga Roriz, são as propostas online do teatro nacional do Porto, enquanto o D. Maria II inicia as transmissões no dia 29, com Carta, a nova criação de Mónica Calle, que teve duas representações em ante-estreia antes de decretado o confinamento.
O Teatro S. Luiz e o Teatro do Bairro também divulgaram este sábado as coordenadas de acesso aos seus espectáculos online, juntando-se a propostas já conhecidas de companhias como o Teatro da Garagem e o Teatro Aberto.
Do Teatro Nacional D. Maria II, Carta estará disponível para visualização até 12 de Fevereiro, e os bilhetes, a três euros, estão disponíveis na plataforma Bilheteira OnLine (Bol).
A partir de dia 30, o D. Maria II volta a abrir a Salinha Online, dando início à exibição de mais de 20 histórias pensadas para a infância, realizadas por diversos artistas, a partir das suas próprias casas, com acesso gratuito na plataforma Vimeo.
A cada domingo, o D. Maria II vai recuperar também as memórias de pessoas de diferentes gerações, ligadas à história do teatro e às profissões que o fazem, no projecto Corrente de Transmissão.
A primeira conversa realiza-se no dia 31, e será entre a jovem actriz Carolina Passos Sousa e o actor do elenco residente do D. Maria II, José Neves. O Corrente de Transmissão pode ser visto no canal de Youtube do D. Maria II.
No S. Luiz, com o confinamento geral, Cabaret Repórter X, o espectáculo de teatro musical de André Murraças, sai da Sala Mário Viegas para a sala de todos os espectadores, ficando em cena de 26 a 31 de Janeiro e de 2 a 7 de fevereiro, às 19h30, de terça a sábado, e às 16h, ao domingo. Os bilhetes, no valor de três euros, também estão à venda na plataforma Bol.
Quanto ao Teatro do Bairro e a Yerma e Destruição de Sodoma, as duas primeiras peças de Federico García Lorca, da «Trilogia Dramática da Terra Espanhola», já estão disponíveis para serem vistas em streaming, até dia 7 de Fevereiro, na sala virtual desta casa de espectáculos, na plataforma Bol.
Com encenação de António Pires, as duas peças foram estreadas na sala do teatro e na galeria Graça Brandão, em vésperas do início do confinamento, no passado dia 13.
Yerma e A Destruição de Sodoma são os dois primeiros espectáculos de Federico García Lorca que António Pires encena da «Trilogia Dramática da Terra Espanhola», que inclui ainda Bodas de Sangue, um ciclo previsto decorrer em três palcos diferentes, assegurado pelo mesmo elenco, de doze actores, como se de uma única obra se tratasse, como descreve o teatro.
Estas apresentações juntam-se a outras já anunciadas, como a mini-série do Teatro Aberto, a estrear no próximo dia 26, com quatro episódios em vídeo e em podcast, realizados por João Lourenço e Nuno Neves.
A mini-série é composta por conversas, conduzidas pelo jornalista Tiago Palma, com as protagonistas da peça Só eu escapei, suspensa devido ao confinamento: Maria Emília Correia, Catarina Avelar, Márcia Breia e Lídia Franco.
No dia 26 é transmitido o episódio com Maria Emília Correia e, nos dias 2, 9 e 16 de Fevereiro, as conversas com Catarina Avelar, Márcia Breia e Lídia Franco, respectivamente.
O Teatro da Garagem, por seu lado, também anunciou a exibição da nova versão de Black Stars, na plataforma digital RTP Palco, onde se estreou na quinta-feira.
Black Stars é a 100.ª criação do Teatro da Garagem e, segundo director artístico da companhia, Carlos J. Pessoa, uma peça na qual «estrelas negras» buscam o reconhecimento.
Com texto e direcção artística de Carlos J. Pessoa, Black Stars estreou-se em Fevereiro de 2018, no Spazio Teatro No’hma (em Milão, Itália), e recebeu, nesse ano, a Menção Honrosa no Prémio Internacional Il Teatro Nudo di Teresa Pomodoro.
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