|Síria

Sírios residentes no estrangeiro votam para as presidenciais

Os sírios residentes fora do país votam esta quinta-feira nas eleições presidenciais, tendo sido para tal colocadas urnas em embaixadas e outras missões diplomáticas sírias em várias cidades do mundo.

Os sírios no estrangeiro votam hoje e os residentes em território nacional exercem esse direito no dia 26 
Créditos / Prensa Latina

Imagens difundidas pela televisão estatal mostraram centenas de sírios em filas para votar nas urnas que foram colocadas em representações diplomáticas da Síria em países como China, Rússia, Austrália, Malásia, Indonésia, Índia, Iraque, Koweit, Emiratos Árabes Unidos, Líbano e Espanha, entre outros.

Em declarações à agência SANA, Ayman Sousan, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, destacou todo o trabalho logístico realizado pelas várias embaixadas, também com o «contributo notável de instituições de sírios expatriados», de modo que tudo estivesse pronto, hoje, para o normal funcionamento do processo eleitoral.

O representante governamental denunciou que alguns países, como a Turquia e a Alemanha, privaram os sírios residentes nos seus territórios desse direito constitucional, e isso – disse, citado pela Prensa Latina – constitui uma violação do Direito Internacional e da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

Num comunicado divulgado pela SANA, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros apelou ontem aos compatriotas residentes no estrangeiro a participar nas eleições presidenciais e reafirmar assim a sua livre vontade, a sua integração nacional e o seu contributo para a construção de um país cujo futuro apenas será decidido pelos sírios.

Prevê-se que a votação dos sírios residentes no estrangeiro termine hoje às 19h (hora local de cada país), enquanto os cidadãos no território sírio votam no próximo dia 26.

Três candidatos e uma vitória assegurada

No início deste mês, o Tribunal Constitucional Supremo da Síria anunciou que três dos 51 postulantes a candidatos às eleições presidenciais tinham cumprido os requisitos constitucionais e legais.

Assim, são candidatos Abdullah Salloum Abdullah (da União Socialista), Mahmoud Ahmad Meri (secretário-geral da Frente de Oposição Democrática Síria) e o actual presidente, Bashar Hafez al-Assad.

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Lançada campanha mundial para levantar o bloqueio contra a Síria

O Fórum Árabe Internacional anunciou o lançamento de uma campanha popular, a nível regional e internacional, para pôr fim ao bloqueio imposto pelos EUA e a União Europeia (UE) à Síria.

Vista de Alepo a partir da Cidadela (imagem de arquivo)
Créditos / AbrilAbril

Entre as medidas destacadas do Fórum, organizado pelo Congresso Nacional Árabe e o Centro Internacional Árabe para a Comunicação e a Solidariedade (CAICS) na capital libanesa, Beirute, está o apelo para a realização de uma campanha, árabe e mundial, destinada a acabar com as medidas coercivas unilaterais decretadas contra o país levantino pela UE e os Estados Unidos.

Ao intervir no conclave virtual, em que participaram mais de 250 figuras de diversos estados, partidos políticos, sindicatos e organizações populares, Maan Bashour, director do CAICS, afirmou que «a chamada Lei César imposta à Síria constitui uma violação de todos os valores morais e todas as leis da humanidade», informa a agência SANA.

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Sindicatos do mundo reunidos em Damasco denunciam bloqueio à Síria

Os participantes no III Fórum Sindical Internacional, que começou este domingo, declararam o apoio ao povo e trabalhadores sírios, e condenaram o bloqueio económico imposto pelos EUA à Síria e a Cuba.

Créditos / Vestnik Kavkaza

George Mavrikos, secretário-geral da Federação Sindical Mundial (FSM), declarou na abertura do encontro o apoio dos trabalhadores do mundo à luta do povo sírio contra a ingerência estrangeira e o terrorismo.

«Reafirmamos uma vez mais a posição da FSM de solidariedade com os povos da Palestina, de Cuba, da Venezuela, e condenamos a política de bloqueio que os Estados Unidos impõem contra esses países», afirmou Mavrikos.

O encontro em «Solidariedade com os trabalhadores e o povo sírios, contra o bloqueio económico, as intervenções imperialistas e o terrorismo» teve ontem início em Damasco, organizado pela Federação Geral dos Sindicatos – Síria (GFTU-Síria), em cooperação com a FSM e a Confederação Internacional de Sindicatos Árabes (ICATU).

O secretário-geral da ICATU, Ghassan Ghosn, referiu que o bloqueio e as medidas unilaterais coercitivas impostos à Síria se devem à derrota militar dos Estados Unidos neste país.

Por seu lado, o secretário-geral da Organização da Unidade Sindical Africana, Arzuki Mezhoud, apelou a uma campanha de solidariedade com a Síria, tal como a que foi lançada no caso de Cuba e que levou à condenação internacional do injusto bloqueio económico e comercial imposto à Ilha, informa a Prensa Latina.

Na sua intervenção, o presidente da GFTU-Síria, Jamal al-Qadri, disse que os trabalhadores sírios se aperceberam dos objectivos da investida terrorista e imperialista contra o seu país desde os primeiros dias, e que, ao longo da guerra, foram verdadeiros combatentes, não abandonando os seus postos de trabalho nas fábricas e nas empresas, apesar dos ataques e dos perigos que corriam.

Al-Qadri revelou que mais 9000 trabalhadores sírios perderam a vida e que 14 mil ficaram feridos, enquanto outros 3000 foram sequestrados pelos terroristas.

Uma guerra sem precedentes contra a economia síria

No primeiro dos dois dias de duração do evento, em que participam representantes de cem organizações sindicais de todo o mundo, o primeiro-ministro sírio, Imad Khamis, afirmou que «a Síria enfrentou um terrorismo e uma guerra económica sistemática sem precedentes na história», sendo que as estimativas preliminares apontam para perdas no valor de mais de 80 mil milhões de euros só ao nível dos danos sofridos pelas instituições estatais, indica a Prensa Latina.

Khamis disse que mais de 28 mil edifícios governamentais e cerca de 188 fábricas e empresas industriais estatais foram destruídos total ou parcialmente pelos terroristas e os países que os patrocinam.


Acrescentou que, das 39 centrais de produção de energia eléctrica que a Síria tinha antes da guerra, 15 foram destruídas totalmente e dez parcialmente. No que se refere à rede de distribuição eléctrica – segundo Imad Khamis, a melhor da região, com cerca 48 mil quilómetros de extensão –, metade foi destruída.

«Desde o início da guerra, mil locais e instalações petrolíferas foram alvo de ataques do terrorismo e da coligação internacional comandada por Washington, e a produção diminuiu de 383 mil barris de crude por dia para zero», disse o primeiro-ministro. No entanto – acrescentou –, graças às vitórias do Exército e à libertação de extensas áreas do território sírio, foi possível recuperar uma parte dessa extracção e, actualmente, o país produz 24 mil barris por dia.

A cultura foi também alvo de ataques sistemáticos por parte dos grupos terroristas, tendo o chefe do executivo sírio precisado que mais de 1194 sítios arqueológicos sofreram acções de vandalismo e saque.

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Bashour, que destacou a rejeição desta «lei injusta» e a «importância» de lançar uma campanha popular para a levantar, afirmou que a pandemia do novo coronavírus impediu a implementação de muitas decisões tomadas na reunião preparatória do Fórum, em Junho de 2019, incluindo o lançamento da iniciativa contra o bloqueio, indica a Prensa Latina.

«Decidimos formar um organismo popular para enfrentar o assédio à Síria e criar comités nacionais em cada país árabe e noutros países dos cinco continentes para activar a campanha de solidariedade com a Síria», frisou, tendo acrescentado que o lema da iniciativa é «Unidos contra o assédio à Siria».

Não há razões que justifiquem o silêncio

Intervindo neste evento por videoconferência, a assessora especial da Presidência da República Síria, Bothaina Shaaban, considerou não existirem motivos que justifiquem o silêncio de qualquer governo ou partido perante as punições colectivas exercidas contra palestinianos, sírios, iemenitas e iraquianos.

Afirmou ainda que as medidas coercivas unilaterais impostas pelos Estados Unidos a milhões de civis inocentes na Síria não possuem nenhuma legitimidade ou estatuto legal, constituindo uma injustiça cometida por uma potência dominante que recorre ao bloqueio para subjugar todo um povo.

«Os Estados Unidos, como potência ocupante no Nordeste da Síria, continuam a roubar trigo e petróleo sírios, em plena luz do dia, privando dessa forma o povo sírio dos seus recursos, que são seu direito exclusivo, tendo em conta as leis internacionais e humanitárias», disse Shaaban.

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Em virtude da Constituição aprovada no referendo popular de 2011, o presidente pode ser eleito para dois mandatos consecutivos, cada um de sete anos. Estas eleições são as segundas multipartidárias, depois das celebradas em 2014, que o actual presidente venceu com mais de 88% dos votos.

No final de Abril, o Parlamento da Síria emitiu um comunicado em que informava ter convidado a participar como observadores representantes de Argélia, Omã, Mauritânia, Rússia, Irão, Arménia, China, Venezuela, Cuba, Bielorrúsia, África do Sul, Equador, Nicarágua e Bolívia.

Para as autoridades de Damasco, o processo eleitoral é em si mesmo um êxito – mesmo com as pressões e a rejeição antecipada dos resultados por parte dos EUA e seus aliados –, «uma vitória institucional» que, destaca a Prensa Latina, «não é menos importante que a militar alcançada no terreno sobre terrorismo».

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