Em comunicado, a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht/CGTP-IN) lembra que estes trabalhadores estiveram «na primeira linha» da pandemia, ao assegurarem a alimentação aos médicos, enfermeiros, demais funcionários hospitalares e doentes, incluindo as vitimas da Covid-19, bem como «ao asseguraram outros serviços de apoio nos hospitais designadamente lavandaria, manutenção, resíduos e limpeza.
No entanto, os salários praticados são «muito baixos», refere a estrutura sindical, sendo que mais de 90% dos trabalhadores recebem apenas o salário mínimo nacional.
Embora sejam equiparados aos trabalhadores da saúde para cumprimento de deveres, estes trabalhadores não são equiparados para beneficiar de direitos, sublinha a Fesaht.
O comunicado refere ainda que os trabalhadores viram-se confrontados com regimes de 12 horas diárias, adiamento das férias, recusa de dispensa ao trabalho para assistência aos filhos, falta de pessoal e ritmos de trabalho intensos, bem como falta de equipamentos de protecção individual e colectiva e falta de testes de despistagem da Covid-19.
«O trabalho e o empenho dos trabalhadores do SUCH nesta fase difícil da vida nacional não foi minimamente valorizado pela administração do SUCH nem pelo Governo», pode ler-se na nota.
A greve nacional convocada para dia 31 de Maio, que será acompanhada de várias concentrações a nível regional, vem dar resposta à recusa da administração do SUCH em negociar com os sindicatos aumentos salariais em 2020 e ao «arrastar» do processo negocial de revisão do acordo de empresa de 2021.
Os trabalhadores exigem aumentos salariais «justos e dignos», a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, a actualização do subsídio de alimentação e a criação de um regime de diuturnidades.
O reforço dos quadros de pessoal e fim dos ritmos de trabalho intensos, bem como a melhoria das condições de trabalho são outras das reivindicações.
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