«Passaram cerca de 45 dias do início da convocatória feita pela TAP a alguns colegas cujo objectivo foi informá-los de que, por obra de um algoritmo incompreensível e irracional, constavam na métrica dos famosos multicritérios. Consequentemente foram colocados em lay-off, com o seu contrato suspenso, sem planeamento, marginalizando a sua condição na empresa», lê-se numa nota aos associados do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), enviada à imprensa.
Estes tripulantes de cabine receberam, este sábado, um e-mail da TAP a informá-los de que «iriam sair de lay-off para serem alvo de um processo de despedimento colectivo», lamentou a estrutura sindical, precisando, em resposta à Lusa, que esta decisão abrange, até agora, 47 trabalhadores.
O sindicato lembrou que o Código do Trabalho determina que, no final do período de suspensão, os direitos, deveres e garantias «das partes decorrentes da efectiva prestação de trabalho» têm que ser restabelecidos, caso contrário a empresa incorre numa «contra-ordenação grave».
Assim, o SNPVAC enviou um ofício à companhia aérea a exigir a reposição de planeamentos, vincando estar perante um «despedimento inqualificável».
O sindicato disse ainda que repudiou, «desde a primeira hora», esta situação em reuniões com os secretários de Estado Adjunto e das Comunicações, Hugo Mendes, e do Trabalho e Formação Profissional, Miguel Cabrita, com a TAP e com os partidos políticos.
«Nunca na história da TAP e do SNPVAC se assistiu a um cenário desta natureza, até porque merecemos todos, mas todos sem excepção, muito mais respeito por parte da TAP […]. Tudo faremos para repor a justiça e a verdade, e iremos recorrer a todos os meios legais ao nosso alcance», concluiu.
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