O anúncio da «clara vitória dos trabalhadores» foi feito esta sexta-feira pelo Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab/CGTP-IN).
Numa nota de imprensa, a organização sindical dá conta da decisão judicial favorável aos trabalhadores, no passado dia 18, bem como do «recuo da empresa», que, no Tribunal de Vila Franca de Xira, «deu o dito por não dito», afirmando que «se tratava de uma mera acção de consulta» e que tão-só «pretendia saber da disponibilidade dos trabalhadores».
Os trabalhadores da empresa do ramo avícula, sediada na Azambuja, realizaram uma vigília para rejeitar a alegada caducidade da contratação colectiva e retirada de direitos. Os trabalhadores da empresa Avipronto, empresa do ramo avícula sediada na Azambuja e com ligação ao Grupo Lusiaves, realizaram esta sexta-feira uma vigília em frente à Camara Municipal da Azambuja. Esta acção de luta prende-se com o facto de a empresa alegar a caducidade do contrato colectivo de trabalho com o objectivo de reduzir o valor do pagamento do trabalho extraordinário, denuncia o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab/CGTP-IN). Recorde-se que esta empresa esteve temporariamente encerrada devido ao facto de se ter registado mais de uma centena de casos positivos de Covid-19. «Após o drama sanitário, vêem-se confrontados, não pelo reconhecimento do esforço e risco a que foram submetidos, mas sim com à delapidação dos direitos consagrados no contrato colectivo de trabalho», pode ler-se no comunicado. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Vigília na Avipronto contra a retirada de direitos
Contribui para uma boa ideia
A decisão judicial foi «clara contra a pretensão da empresa», o que, para o Sintab, deixa antever uma «decisão no mesmo sentido caso a Avipronto insista nesta intenção».
Tratou-se de «uma vitória clara dos trabalhadores por via da sua organização, com acompanhamento total do Sintab, que juntou todos os trabalhadores em oposição à implementação de horários desregulados e que desvalorizam a sua vida familiar», destaca o texto.
A estrutura sindical lembra ainda que os trabalhadores da Avipronto «estão também em greve a todo o trabalho suplementar, desde Março», pelo facto de a empresa «ter decidido, de forma arbitrária e unilateral, deixar de aplicar o contrato colectivo do sector». Para tal, alega a sua caducidade, o que, denuncia o Sintab, «é mentira».
Neste sentido, as estruturas que representam os trabalhadores vão interpor uma acção colectiva contra a Avipronto, também no Tribunal de Vila Franca de Xira, para exigir «a reposição do cumprimento do CCT do sector do abate de aves».
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui