No Porto, a Sessão de Solidariedade com o Povo Palestiniano tem lugar na Cooperativa UNICEPE, hoje, às 18h, contando com a participação de José António Gomes (escritor e membro da direcção nacional do MPPM) e Henrique Borges (professor e dirigente sindical).
Num encontro em que haverá leitura de poemas de Mahmoud Darwich e de outros autores palestinianos, participa igualmente Ilda Figueiredo (presidente da direcção nacional do Conselho Português para a Paz e Cooperação), Nur Rabh Latif (estudante palestiniana) e Rui Vaz Pinto (economista e presidente da UNICEPE).
Amanhã, dia 29 de Novembro, a Casa do Alentejo, em Lisboa, recebe, também às 18h, uma sessão em que o MPPM assinala o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano e homenageia José Saramago no centenário do seu nascimento, evocando o seu apoio activo à causa palestiniana e a sua contribuição para a implantação do MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente.
Segundo revela o organismo no seu portal, o encontro será moderado por Maria do Céu Guerra (presidente do MPPM) e contará com intervenções de Nabil Abuznaid (embaixador da Palestina), do coronel Carlos Matos Gomes (escritor e militar de Abril) e de Carlos Almeida (historiador e vice-presidente do MPPM).
Resolução 181 aprovada há 75 anos pela Assembleia Geral da ONU
Em 29 de Novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a resolução 181, que preconizava a partição da Palestina, então sob Mandato britânico, em dois estados – um judaico e um árabe – com um estatuto especial para Jerusalém.
No entanto, lembra o MPPM, essa resolução jamais foi cumprida no que respeita à criação do Estado palestiniano. «Se logo em 1948 foi criado o Estado de Israel, nenhum Estado independente da Palestina jamais viu a luz do dia», denuncia.
Na próxima segunda-feira assinala-se o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano. CGTP-IN, MPPM, CPPC, entre outras organizações, promovem concentrações em Lisboa e no Porto. Para dizer «Basta de ocupação! Basta de crimes! Basta de impunidade!» e mostrar que o «povo português é solidário com a luta pelos direitos inalienáveis do povo palestiniano», o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), a CGTP-IN e o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – MPPM apelam à participação nas iniciativas que terão lugar dia 29 em Lisboa (18h, Largo de Camões) e no Porto (17h, Praceta da Palestina). Em Novembro de 1947, «há 74 anos, as Nações Unidas prometeram criar um Estado da Palestina, em território da Palestina», uma promessa que «nunca foi cumprida». Nesse sentido, os promotores das iniciativas solidárias afirmam que «é tempo de fazer justiça». Sublinham igualmente a violação diária, por parte de Israel, do direito internacional e das resoluções aprovadas na ONU. Como exemplo disso, apontam a «ilegal ocupação e a limpeza étnica que desde sempre a acompanha», os «bombardeamentos de Israel sobre a população de Gaza e sobre os países vizinhos», os «ilegais colonatos que Israel não pára de construir nos territórios ocupados em 1967, anexando cada vez mais território palestiniano» e as «inaceitáveis expulsões de palestinianos das suas casas em Jerusalém e outras cidades». Referem também a «protecção e a cumplicidade do Exército israelita com a acção dos bandos armados de colonos que semeiam o terror entre a população palestiniana», o «ilegal Muro do Apartheid que Israel constrói na Margem Ocidental ocupada» e o «brutal e mortífero cerco que há 15 anos torna a Faixa de Gaza, onde vivem mais de dois milhões de pessoas, numa gigantesca prisão a céu aberto». Os «milhares de presos políticos palestinianos», as «humilhações e a brutalidade diárias nas centenas de controles do Exército israelita espalhados pelos territórios ocupados em 1967» e a «sistemática violação dos direitos dos trabalhadores palestinianos» são igualmente indicados como exemplos de desrespeito pelas resoluções das Nações Unidas, de violações do direito internacional e da «brutal ocupação israelita». «Os crimes de Israel são uma ameaça para a Paz no Médio Oriente e no mundo», afirmam no texto e, também por isso, os promotores exigem ao Governo português e a todos os governos que «cumpram o que proclamam e prometem», sublinhando a necessidade de reconhecimento do Estado da Palestina e de condenação dos «crimes» israelitas. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Nacional|
Pelo «fim da ocupação e dos crimes de Israel», solidariedade com a Palestina
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Por essa razão, 30 anos volvidos, a Assembleia Geral da ONU adoptou a resolução 32/40B, que apelava à celebração do dia 29 de Novembro como o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo da Palestina.
«O colonizador britânico foi substituído por um Estado de colonos que não apenas se apropriou dum território que excedia em muito o previsto na Resolução 181 de 1947, como tem mantido, desde 1967, o restante território palestiniano sob ocupação, com uma imparável escalada de construção de colonatos, do Muro do Apartheid, de confiscação de casas e terras de palestinianos, de cerco à Faixa de Gaza, com o evidente objectivo de inviabilizar a solução dos dois Estados», alerta o MPPM.
Neste sentido, considera urgente a mobilização da solidariedade internacional e a recondução da questão palestiniana ao centro das preocupações internacionais. Da mesma forma, afirma a necessidade de «denunciar as perseguições ao activismo pró-Palestina, sob a infame e mentirosa acusação de ser expressão de anti-semitismo».
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