Na ausência de respostas, os trabalhadores da Silopor avançam na forma de luta e marcaram greve. A decisão da greve foi tomada num plenário em frente ao Ministério da Finanças, no passado dia 10, um dia depois do Indignação, Protesto e Luta marcado pela CGTP. Esta greve comprova que a indignação não ficou circunscrita a um dia e os trabalhadores.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), o Acordo de Empresa para os Trabalhadores da Silopor não sofre qualquer revisão desde 2009 e é precisamente essa revisão que é reivindicada pelos trabalhadores.
Feitas as contas, desde 2009 regista-se uma inflação acumulada superior a 22% e o Salário Mínimo Nacional aumentou apenas 310 euros. Face a isto, em 2022 a Comissão Liquidatária, por acto de gestão, decidiu actualizar os valores da tabela salarial em 0,9%, bastante aquém da inflação verificada no ano.
Apesar da situação da empresa, que dá lucro e que é arrecadado pelo Estado, o Ministério das Finanças que actualizou os salários dos trabalhadores das empresas do Sector Empresarial do Estado em 2023 optou por excluir os trabalhadores da Silopor desses aumentos sem nenhuma justificação.
Para os trabalhadores e para o CESP esta posição por parte do Ministério e do Governo é inaceitável e exigem que se emende rapidamente, e com efeitos retroactivos a 1 de Janeiro de 2023, a orientação e se autorize a comissão liquidatária a negociar a revisão do AE; o aumento dos salários de todos os trabalhadores da Silopor em 10%, no mínimo 100 euros; e a integração de todos os trabalhadores com vínculos precários.
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