|País Basco

Trabalhadoras da H&M em Pamplona há 200 dias em greve

A 9 de Dezembro, as funcionárias da loja da H&M no La Morea entraram em greve, denunciando que a maioria recebe cerca de 500 euros, enquanto a empresa distribuiu 20 milhões de euros em dividendos.

Acção na Praça do Município de Iruñea-Pamplona, a 27 de Junho de 2023, sobre uma faixa em que se lê «H&M, 200 dias em greve» 
Créditos / ELA

As 18 trabalhadoras da H&M no Centro Comercial La Morea, em Iruñea-Pamplona, cumpriram 200 dias de greve esta terça-feira, 27 de Junho.

Por isso, ontem levaram a cabo uma acção na Praça do Município, sob o lema «Se a vender não ganhamos, então doamos. Condições de trabalho baratas», junto a cartazes em que se lia «H&M em greve» e «Nós precárias, vocês milionários».

Com a acção, informa o sindicato ELA, as grevistas quiseram chamar a atenção para aquilo que motiva a greve por tempo indeterminado, nomeadamente o facto de estarem desde 2009 com os salários congelados, sem actualizações de acordo com o índice de preços ao consumidor e com uma perda de poder de compra que estimam em quase 25%.

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Trabalhadoras da H&M em Pamplona em greve desde 9 de Dezembro

A principal reivindicação das funcionárias da loja da H&M no La Morea é o aumento dos salários, já que a maioria recebe 500 euros por mês. Enquanto isso, a empresa distribuiu 20 milhões de euros em dividendos.

Créditos / ELA

Numa conferência de imprensa no início desta semana, as trabalhadoras da loja da H&M no Centro Comercial La Morea em Pamplona (Iruñea) anunciaram que vão dar sequência à greve que mantêm desde 9 de Dezembro.

Segundo revelou o sindicato ELA, que as representa, das 18 trabalhadoras da loja apenas oito têm horário completo – cujo salário ronda os mil euros. As restantes dez funcionárias na capital navarra estão a meio tempo e, como tal, não recebem mais que 500 euros por mês.

O ELA, que está a acompanhar e a denunciar esta situação, afirma que têm o salário congelado desde 2009 e alertou para a perda de 20% do poder de compra destas trabalhadoras.

Referiu ainda que a greve por tempo indeterminado, iniciada a 9 de Dezembro, não se centra exclusivamente em matérias salariais, mas também na melhoria geral das condições de trabalho.

São igualmente objectivos da greve a adopção de medidas contra a abertura aos domingos e feriados, a consolidação das jornadas de trabalho e impedir que as vendas on line destruam postos de trabalho.

«A empresa, que entre 2020 e 2021 facturou 822 milhões de euros e distribuiu 20 milhões de euros em dividendos pelos seus accionistas, continua sem negociar», denuncia a estrutura sindical.

Neste sentido, as trabalhadoras vão prosseguir com a greve e as mobilizações, tendo como objectivo «forçar a negociação de um acordo de empresa».

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A paralisação iniciada a 9 de Dezembro não se centra exclusivamente em matérias salariais, mas também na melhoria geral das condições de trabalho, sendo igualmente objectivos da luta a adopção de medidas contra a abertura aos domingos e feriados, a consolidação das jornadas de trabalho e impedir que as vendas on line destruam postos de trabalho.

De acordo com a organização sindical, durante a greve, a proposta da empresa não foi além dos 3% de aumento – longe das perdas salariais em termos reais e sem atender às demais reivindicações das trabalhadoras.

Neste sentido, o ELA denuncia que a H&M continua a manter-se fechada a «negociações reais e, como tal, que ponham fim a este conflito».

«A empresa, que entre 2020 e 2021 facturou 822 milhões de euros e distribuiu 20 milhões de euros em dividendos pelos seus accionistas, continua sem negociar», enquanto as trabalhadoras ganham à volta de 500 euros por mês, denuncia a estrutura sindical.

Desta forma, as trabalhadoras vão continuar a greve e as mobilizações, tendo como objectivo «forçar a negociação de um acordo de empresa».

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