De cariz essencialmente artístico e literário, O Diabo, fundado em 1934, incluiu também rubricas de política, economia, cinema e ciência, e foi dando gradualmente lugar nas suas páginas ao movimento neorrealista, com a colaboração de diversos intelectuais do campo marxista, revelando-se um opositor ao regime de Salazar, que em 1940 ditou o seu encerramento.
Nas suas páginas colaboraram autores como Abel Salazar, Álvaro Cunhal, António José Saraiva, António Sardinha, António Sérgio, Aquilino Ribeiro, Bento de Jesus Caraça, Fernando Lopes Graça, Fernando Namora, Fernando Piteira Santos, Irene Lisboa, Manuel da Fonseca, Mário Dionísio ou Vitorino Nemésio.
A publicação do website O Diabo, cuja apresentação acontece este sábado no Museu do Neo-Realismo, dá continuidade à colocação online de Cadernos da Juventude (1937), Sol Nascente (1937-1940), Altitude (1939) e Ler (1952-53) (consultáveis em ric.slhi.pt), e tem como objectivo «aprofundar o conhecimento sobre o neorrealismo, valorizando o seu legado histórico, assim como facilitar a divulgação destas fontes primordiais do movimento junto de um público mais vasto», lê-se numa nota do museu.
O projecto surge no âmbito de um protocolo de cooperação da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira/Museu do Neo-Realismo com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa.
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