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A paragem da Carris é na greve

A administração da Carris pediu ao Tribunal Arbitral «serviços máximos», mas este deu razão ao Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal e decretou serviços mínimos. Esta quarta-feira há greve e concentração.

CréditosMário Cruz / Agência Lusa

Não é novo o descontentamento dos trabalhadores na Carris. Ainda no passado mês de Junho os trabalhadores da empresa rodoviária de Lisboa realizaram um ciclo de greves parciais e ao longo de vários dias foram realizadas greves de 4 horas que incidiam no início dos turnos, com uma adesão superior a 80%.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN)), a acção de luta «demonstrou a forte mobilização e motivação dos trabalhadores em defesa do aumento geral dos salários, pela redução do horário de trabalho e pela resolução de muitos problemas que a administração, nomeada pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), continua a ignorar».

Já no mês de Maio, o sindicato e os trabalhadores afirmaram que «por mais desculpas que o Conselho de Administração da Carris invente e a CML faça “ouvidos de mercador”, os dados demonstram e os factos comprovam que há dinheiro e razões de sobra para os trabalhadores lutarem por aquilo a que têm direito», dando como exemplo a isenção de 3 milhões euros ao Rock-in Rio em taxas municipais.

Uma vez que a situação não melhora, e a administração e a CML insistem em ignorar as legítimas reivindicações dos trabalhadores, no próximo dia 11 haverá nova greve, mesmo contra a vontade de quem manda. Acontece que a administração, sabendo da greve, pediu ao Tribunal Arbitral «serviços máximos» para o dia em questão, mas o tribunal deu razão ao STRUP.

Segundo o comunicado da estrutura afiliada à Fectrans/CGTP-IN, o Tribunal Arbitral ficou do lado dos trabalhadores e decidiu acolher a proposta dos seus representantes, decretando assim os serviços mínimos por si propostos e, deste modo, estão criadas as condições para uma boa adesão à greve de 24 horas. 

«Será de toda a utilidade que todos juntos possamos decidir a forma de continuação da luta, se o Conselho de Administração não extrair da necessária adesão massiva dos trabalhadores, a esta greve do dia 11, as conclusões que devia e se não aparecer na reunião marcada para o dia 23 de Julho, às 15 horas, com uma atitude de vir de encontro às reivindicações centrais deste processo de luta», pode ler-se no comunicado emitido. 

Além da greve, também está marcada uma concentração de trabalhadores na estação da Pontinha, pelas 10h30 do dia 11. Dada a greve, a estrutura sindical apela a que a deslocação até ao local de recolha dos autocarros seja feita pelo metropolitano e, além disso, que todos os trabalhadores reforcem os piquetes de modo a garantir o sucesso da greve.  
 

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