Nova greve dos «call centers» da EDP

Os trabalhadores dos «call centers» da EDP marcaram nova greve contra a precariedade e a falsa prestação de serviços para esta quarta-feira.

Concentração dos trabalhadores em frente à Randstad, numa greve realizada em Junho deste ano
Créditos / CGTP-IN

No dia 19, pelas 9h30, os trabalhadores vão encontrar-se no Cais do Sodré, na saída do Metropolitano de Lisboa, deslocando-se em seguida à sede da EDP para entregar uma moção à Administração. Deste local sairão em desfile até à Assembleia da República, onde será entregue uma nova moção.

A última greve realizou-se a 25 e 26 de Julho, com concentração em frente à sede da Randstad, em Lisboa. Também já tinham feito greve nos dias 20 e 21 de Junho, com adesão de quase 100%.

«São mais de 1500 os trabalhadores que laboram para a EDP com contrato de prestação de serviços da Randstad.»

Na base do protesto está a reivindicação a passagem dos trabalhadores em regime de prestação de serviços aos quadros da empresa utilizadora, a EDP. São mais de 1500 os trabalhadores que laboram para a EDP com contrato de prestação de serviços da Randstad. Os trabalhadores, apesar de estarem a prestar trabalho para a EDP diariamente, continuam com um vínculo laboral com a empresa de trabalho temporário e por isso exigem a passagem para os quadros da eléctrica.

A EDP lucrou no primeiro semestre 472 milhões de euros, um resultado 20% inferior ao do mesmo período do ano passado, que a empresa justifica principalmente com o registo em 2015 de resultados extraordinários que já não se verificaram em 2016. Numa base comparável, o lucro do grupo sem efeitos extraordinários ascendeu a 517 milhões de euros até Junho, e foi 20% superior ao resultado recorrente apurado na primeira metade de 2015.

António Mexia, em 2015, arrecadou remunerações brutas acima dos dois milhões de euros. Neste valor incluía-se um bónus extra de 360 mil euros justificado pelas «qualidades de liderança e visão estratégica» do gestor.

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