Num comunicado emitido esta quarta-feira, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Michael Flynn, condenou o teste recente de um míssil balístico, por parte do Irão, considerando que tal acção viola a resolução 2231 do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), aprovada por unanimidade em Julho de 2015 e que deu sequência ao acordo alcançado, dias antes, entre Teerão e o Grupo P5+1 (os cinco membros permanentes do CSNU + a Alemanha) sobre o programa nuclear iraniano.
Flynn disse esperar «sinceramente que o Irão tome nota da nossa advertência e mude de atitude», acrescentando que, para Washington, «o Irão está oficialmente debaixo de olho».
Por seu lado, Donald Trump escreveu na sua conta de Twitter: «O Irão está a brincar com o fogo, não entendem como o Obama foi simpático com eles. Eu não o serei!»
Acusações «sem fundamento»
Ontem, numa declaração à imprensa, Bahram Qassemi, porta-voz do Ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros, considerou «não fundamentadas, repetitivas e provocatórias» as acusações de Flynn relativas à alegada violação, por parte do Irão, das normas das Nações Unidas sobre testes de mísseis, e acrescentou que «nenhum dos mísseis foi concebido para levar ogivas nucleares».
O funcionário iraniano sublinhou que os testes realizados pelo seu país não violam os princípios da resolução 2231 e que «a sua legítima política de defesa cumpre as normas internacionais estabelecidas, não sendo, de modo algum, negociável».
Qassemi lamentou que as afirmações dos mandatários norte-americanos sejam proferidas numa altura em que «as acções de Teerão para combater o terrorismo no Médio Oriente são do conhecimento de todos».
Considerou também lamentável que a administração norte-americana, «em vez de agradecer ao Irão o seu esforço contínuo na luta contra o terrorismo, profira acusações sem fundamento e assuma políticas que, na prática, promovem os grupos terroristas», informam a PressTV e a TeleSur.
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