Segundo um comunicado do Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e do Notariado (STRN), que convocou o protesto, ambas as conservatórias têm carência de trabalhadores, instalações sujas e equipamentos informáticos antigos.
Em declarações à Agência Lusa, o presidente do sindicato, Arménio Maximino, denunciou que as conservatórias dos registos civil e comercial de Lisboa têm falta de 60 a 70 trabalhadores, na sequência de reformas, rescisões de contratos e da mobilização de funcionários para as Lojas do Cidadão.
Afirma que «os trabalhadores chegaram a um limite», assinalando que o protesto de amanhã serve para «sensibilizar o Governo para falhas graves» que devem ser «urgentemente solucionadas».
O atendimento moroso devido a avarias nas impressoras e a computadores e programas informáticos que «demoram a arrancar» são alguns exemplos da realidade que vivem trabalhadores e utentes, aos quais se juntam a falta de higiene.
De acordo com o dirigente sindical, as casas de banho não são limpas com a periodicidade desejável, os arquivos estão cheios de pó e o espaço de atendimento ao público «não dá privacidade às pessoas», alegando que a falta de limpeza e de equipamentos é igualmente extensível a outras conservatórias, um pouco por todo o país.
Também a falta de funcionários se estende a todo o país. O STRN estima que haja carência de 700 trabalhadores nos serviços de registo, defendendo que estas vaas deveriam ser preenchidas através de concursos externos.
No comunicado, o sindicato reclama ainda a abertura de concursos internos para as categorias de ajudantes e escriturários, «em igualdade de circunstâncias e proporcionalidade» dos que são abertos para conservadores, assim como a integração nos quadros das conservatórias de notários, ajudantes e adjuntos de conservador em trabalho precário há mais de 12 anos.
Caso estas reivindicações não sejam atendidas, o STRN ameaça realizar uma greve nacional, por tempo indeterminado.
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