No Porto, os trabalhadores concluíram em plenário no passado dia 7 a marcação de uma greve de 24 horas para o dia 22 de Março, com concentração a partir das 10h30 em frente à Loja da MEO na Rotunda da Boavista, no Porto. Posteriormente, os trabalhadores do call center de Santo Tirso decidiram aderir a esta greve.
Segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV), a última reunião negocial com a empresa «não teve sucesso», uma vez que esta alegou que «não se encontrava em condições económicas» para aceder a uma das principais reivindicações dos trabalhadores – a proposta de aumento salarial. O sindicato sublinha que esta resposta é dada apesar da empresa reconhecer «os baixos salários que pagam aos trabalhadores em contraste com um volume de vendas superior a 114 milhões de euros».
Estes trabalhadores queixam-se «da falta de reconhecimento pela abrangência e quantidade das responsabilidades que lhes são exigidas no desempenho das suas funções, que não se reflectem com equidade nos salários que auferem». O sindicato lembra que a Manpower não revê os salários há mais de dez anos e que o salário mínimo nacional é regra para quase todos os trabalhadores.
O SINTTAV também denuncia que os trabalhadores «laboram sobre uma pressão e instabilidade constante», uma vez que a todo o momento o contrato pode cessar, a posição contratual pode ser transferida para outra empresa ou pode ocorrer ainda uma «transmissão de estabelecimento».
Recorde-se que as propostas de aumentos salariais dos trabalhadores eram de 600 euros para todos a auferirem abaixo deste valor; e de 4%, nunca inferior a 40 euros, para os restantes níveis salariais.
No passado dia 9 de Janeiro, os trabalhadores realizaram uma greve de 3 horas com uma concentração em frente ao edifício da PT-MEO no Porto.
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