A greve que os trabalhadores da Manpower hoje estão a realizar foi decidida, em plenário, no passado dia 7, na sequência do falhanço da última reunião negocial com a empresa. Apesar de ter «um volume de vendas superior a 114 milhões de euros», esta alega não estar em condições económicas de aumentar os salários, que não são actualizados há mais de dez anos, denuncia o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV).
À porta de uma loja da MEO, o dirigente sindical Nelson Leite sublinhou a forte adesão à greve nos primeiros turnos do dia – a rondar os 95% – e, em declarações à Lusa, explicou que «cerca de 500 [funcionários] que trabalham nas instalações da PT na Rua Tenente Valadim, no Porto, são subcontratados da agência de emprego Manpower», que não actualiza os salários «há anos», na maior parte dos casos, «há mais de 10 anos», disse.
O dirigente sindical destacou o desgaste e a exigência associados à profissão, acrescentando que a maioria dos trabalhadores dos call centers e backoffice da PT/MEO recebe o salário mínimo nacional e outros pouco mais do que 600 euros.
De acordo com a proposta apresentada à empresa, o SINTTAV exige que passem a ganhar 600 euros todos os trabalhadores que auferem um valor inferior, e um aumento de 4%, nunca inferior a 40 euros, nos restantes níveis salariais. Também insiste na integração dos trabalhadores nos quadros da PT/MEO, de modo a acabar com a actual «situação de trabalho temporário e de subcontratação».
A Manpower mantém-se fechada à negociação, mas os trabalhadores «não se resignam e a luta vai continuar», sublinhou Nelson Leite.
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