«Consciente do risco de escalada [do conflito], apelo à contenção para evitar quaisquer actos que possam agravar o sofrimento do povo sírio», lê-se numa declaração escrita de António Guterres, divulgada esta tarde pelos serviços da Organização das Nações Unidas (ONU).
O secretário-geral das Nações Unidas reagia ao ataque à base aérea de Shayrat, a 30 quilómetros de Homs, levado a cabo esta madrugada pelos EUA. A declaração foi publicada pouco antes do início da reunião do Conselho de Segurança, pedida pela Bolívia e pela Rússia.
No início da sessão, o representante boliviano lembrou que, de acordo com a Carta das Nações Unidas, um ataque unilateral, como é o caso, é ilegal à luz do direito internacional. Uma posição partilhada, em 2013, pelo então secretário-geral da ONU (o coreano Ban Ki-moon), numa altura em que estava em preparação uma intervenção militar norte-americana na Síria.
Na sua declaração, Guterres afirma-se convicto de que «não há outro caminho para a solução do conflito do que através de uma solução política». O actual secretário-geral das Nações Unidas apelou ao «compromisso para que se registem avanços nas conversações que decorrem em Genebra».
«O direito internacional tem sido ignorado no conflito na Síria por demasiado tempo», reconheceu António Guterres, concluindo com um apelo ao respeito pelos «padrões internacionais de humanidade».
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