O PP foi o partido mais votado nas eleições de ontem para o Congresso espanhol, na sequência do fracasso das negociações para a formação de governo após as eleições de 20 de Dezembro último. Pese embora ter reforçado o seu número de deputados relativamente a 2015 (passa de 123 para 137), a força de direita continua a não ter tarefa fácil para formar um governo com maioria absoluta – mais ainda num contexto em que o partido conservador Ciudadanos foi penalizado (perdeu votos e oito deputados, tendo alcançado 32).
Neste contexto, os socialistas, agora com 85 parlamentares (perderam cinco em relação a 2015), afirmaram que não vão apoiar a tomada de posse de Mariano Rajoy nem votando a favor, nem abstendo-se. Esta posição foi aprovada pela maioria dos membros da Comissão Federal e anunciada, hoje, em conferência de imprensa.
PP quer formar governo
Também no final da reunião da Comissão Executiva Nacional, o líder do PP, Mariano Rajoy, afirmou que o seu partido «está disposto a dialogar, a falar e a chegar a acordos». Para «garantir a estabilidade de que Espanha necessita», o primeiro-ministro espanhol em funções disse ainda que irá «estender a mão aos partidos moderados», e considerou ser possível «ter um governo no final de Julho ou princípio de Agosto».
Rajoy, que precisa do apoio de 176 deputados para formar um governo com maioria absoluta, não fechou a porta à possibilidade de governar em minoria, «com apoios pontuais», mas, para tal, precisa de que o PSOE, no mínimo, se abstenha.
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