No dia em que os docentes cumpriram 26 dias de greve, e não havendo avanços nas negociações, a Federação Colombiana de Trabalhadores da Educação (Fecode) promoveu a realização da «Gran Toma de Bogotá», na qual participaram delegações de docentes de todos os departamentos da Colômbia. De acordo com os promotores da iniciativa, tratou-se uma mobilização «histórica», na qual mais de 100 mil pessoas deixaram a principal praça do país a rebentar pelas costuras.
No início deste ano, os docentes colombianos apresentaram uma série de reivindicações ao Ministério da Educação, que incluíam, entre outras, aumentos salariais, o pagamento de um subsídio que ficara acordado em 2015, melhorias nas infra-estruturas escolares e novas políticas para o sector. Mas, no decorrer das negociações, foram confrontados com a posição «inamovível do governo de Santos», que, por via do Ministério das Finanças, disse não haver condições para apresentar qualquer contraproposta.
Neste contexto, os professores partiram para a greve, que dura há praticamente um mês, e ontem, no decorrer da mobilização, deixaram claro que, se Juan Manuel Santos continuar a afirmar que «não há dinheiro», a greve irá prosseguir, até que «recebam uma resposta aceitável por parte do executivo», informa a Prensa Latina.
Pese embora as divergências, os professores têm mantido uma atitude dialogante e aberta às negociações – sublinha a Fecode – e isso mesmo ficou comprovado ontem, em plena jornada de luta, com uma delegação dos docentes reunida com representantes do governo no Ministério da Educação, com a mediação da Procuradoria-Geral da República.
De acordo com a TeleSur, o presidente Santos insiste que não há «dinheiro» para os docentes, que já atingiu o «limite orçamental», mas mostrou-se esperançado em chegar a acordos com os professores e os funcionários públicos, também em luta por aumentos salariais.
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