O Sindicato da Hotelaria da Madeira (CGTP-IN) convocou acções para os dias 5 e 6 de Setembro junto à residência oficial do presidente do Governo Regional da Madeira, e nos dias 6 e 8 junto da secretaria Regional do Turismo e Cultura.
Segundo fonte sindical, as iniciativas «incluem também o contacto directo com a população madeirense e restantes transeuntes», incluindo turistas, «razão pela qual está previsto que esta denuncia sobre a situação precária dos trabalhadores da hotelaria da Madeira seja feita também em francês, inglês e alemão».
Na primeira iniciativa, realizada ontem, o sindicato acusou o Governo Regional de «estar a voltar as costas» aos cerca de 5000 trabalhadores do sector da hotelaria e de estar «conivente» com o patronato.
«Infelizmente, o patronato da hotelaria e o Governo Regional obrigam-nos, uma vez mais, a irmos para a rua lutar pela defesa do contrato colectivo de trabalho do sector e por aumentos salariais», referiu o dirigente sindical Adolfo Freitas à Lusa, citada pelo Diário de Notícias Madeira.
Adolfo Freitas explica que o Executivo Regional não está a cumprir a lei que criou e fez aprovar no Parlamento da Madeira, a qual determina que «numa situação de impasse nas negociações o Governo intervém administrativamente, fixando o aumento salarial para o sector em causa».
O dirigente sindical lembra, em declarações à Lusa, que o sector hoteleiro da Madeira «cada vez mais bate recordes atrás de recordes, com aumentos de entrada de turistas, de receitas e de lucros, mas para os trabalhadores o que tem aumentado são os sacrifícios», acrescentando que a posição do patronato e da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF) é de não quererem negociar aumentos salariais sem que os trabalhadores percam direitos.
O sindicato lembra várias acções já realizadas: a 25 de Maio entregou ao presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, um abaixo-assinado com cerca de 3000 assinaturas recolhidas nas empresas e nas ruas, solicitando uma intervenção administrativa neste assunto, não tendo até hoje qualquer resposta. Também a 10 de Agosto, o sindicato entregou uma decisão do plenário realizado no dia anterior, em que solicitava ao Governo Regional a intervenção administrativa, «dando um prazo até final de Agosto».
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