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Turismo: «Bem capitalizadas», empresas mantiveram 40% com o salário mínimo

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal dizia, há cerca de um ano, que as empresas do sector estavam bem capitalizadas, mas agora defende a redução dos salários.

O sector do Turismo é o que tem mais trabalhadores com o Salário Mínimo Nacional
CréditosJoão Relvas / Agência LUSA

Uma vez que o seu congelamento representa, na prática, uma redução dos rendimentos face à inflação registada este ano, a Federação dos Sindicatos de Hotelaria e Turismo (Fesaht/CGTP-IN) critica a rejeição de qualquer aumento do salário mínimo por parte do representante patronal. 

Lembrando que mais de 40% dos trabalhadores deste sector recebem apenas o salário mínimo nacional, a Fesaht denuncia as declarações do presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, de que aumentar o salário mínimo no início de 2021 seria «atirar as empresas para o precipício».

O mesmo representante dos patrões, que há cerca de um ano afirmava que as empresas do sector do turismo estavam «bem capitalizadas», agora diz que quer discutir o «emprego máximo», por oposição ao aumento dos salários. 

«Quererá dizer que o patronato do sector vai reintegrar os muitos milhares de trabalhadores despedidos e repor os direitos roubados aos trabalhadores neste período?», pergunta a Fesaht.

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