Os lucros da dona da SIC, do Expresso e de outras dez publicações desceram 22% entre Abril e Junho de 2017, passando de prejuízos superiores a 2 milhões de euros no primeiro trimestre para lucros de mais de 85 mil euros no final dos primeiros seis meses do ano, de acordo com o relatório divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) na última sexta-feira.
O segmento onde se verificou a maior quebra nas receitas foi a televisão, particularmente pela descida nos proveitos com as chamadas de valor acrescentado, que passaram para quase metade. No total, a Impresa encaixou menos 4 milhões de euros com a SIC no primeiro semestre do ano.
Já as publicações da Impresa – as dez em risco de venda ou de fecho, mais o Expresso – registaram receitas de menos 1,5 milhões de euros face aos mesmos seis meses de 2016. No entanto, as receitas de circulação (com as vendas dos títulos) aumentaram ligeiramente, cerca de 40 mil euros. Este período foi marcado, igualmente, por uma redução significativa nos custos operacionais da Impresa Publishing, de cerca de 2 milhões. Ao contrário da primeira metade de 2016, as publicações da Impresa deram um contributo positivo para o resultado do grupo no primeiro semestre deste ano.
Apesar do contributo positivo, o grupo prepara-se para vender ou fechar dez publicações – Visão, Caras, Activa, Exame, Exame Informática, Telenovelas e TV Mais, para lá da edição portuguesa do Courrier Internacional, do Blitz e do Jornal de Letras.
Após um encontro com o Sindicato dos Jornalistas, o presidente e o presidente executivo do grupo Impresa afirmaram que estão em cima da mesa cerca de uma dezena de propostas pelos títulos em causa e que irão privilegiar as ofertas que «incluam os trabalhadores desses mesmos títulos», de acordo com uma nota publicada pela estrutura sindical na sua página.
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